Americanos querem execução por pelotão de fuzilamento contra assassino de Charlie Kirk

A campanha por uma execução por pelotão de fuzilamento contra Tyler Robinson, de 22 anos, suspeito de assassinar o ativista conservador Charlie Kirk, ganhou força nas redes sociais nos Estados Unidos. Muitos defensores da medida citam o princípio “olho por olho, dente por dente” — a Lei de Talião — como justificativa para a aplicação da pena máxima.

Robinson foi formalmente acusado de homicídio doloso nesta terça-feira (16), três horas antes de sua primeira audiência virtual em tribunal de Utah. Segundo os promotores, o suspeito se radicalizou nos últimos anos na internet e mantinha uma “ideologia de esquerda”, tendo cometido o crime durante um debate com alunos na Universidade Utah Valley na última quarta-feira (10/9).

O pedido pela execução ganhou atenção de nomes de peso, incluindo o presidente Donald Trump e o governador de Utah, Spencer Cox, ambos republicanos. Utah é um dos três estados americanos que permitem a execução por pelotão de fuzilamento.

O método não é inédito, mas pouco utilizado no estado. Em junho de 2010, Utah executou Ronnie Lee Gardner desta forma, com cinco policiais voluntários disparando rifles contra o condenado, sendo que apenas quatro tiros eram reais, para garantir que nenhum dos executores soubesse qual projétil seria fatal. No entanto, execuções continuam raras no estado: apenas duas nos últimos 20 anos, e os condenados passam em média 34 anos no corredor da morte.

Recentemente, a Carolina do Sul realizou a primeira execução por pelotão de fuzilamento em 15 anos, com Mikal Mahdi, condenado pelo assassinato do policial James Myers em 2004, morto por disparos realizados por voluntários treinados.

Apesar do entusiasmo de alguns líderes políticos por uma aplicação rápida e extrema da justiça, advogados alertam que o processo contra Tyler Robinson pode levar anos e passar por intensas contestações jurídicas antes de qualquer execução.

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