A primeira-dama do Brasil, Janja da Silva, marcou presença na abertura da Assembleia Geral da ONU, nesta terça-feira (23), usando um casaco com bordado tradicional palestino Tatreez, feito majoritariamente por mulheres ao longo dos séculos.
Em vídeo publicado nas redes sociais, Janja explicou o significado da escolha: “Por mais um ano, trago as mulheres palestinas junto a mim na abertura da Assembleia Geral da ONU. Esses pontos geométricos coloridos contam a história de luta e resistência de um povo que vem sofrendo reiterados ataques desde o início dos conflitos na Faixa de Gaza, atingindo em sua maioria mulheres e crianças.”
A primeira-dama participou do evento ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que usou sua tradicional gravata verde e amarela. No discurso de abertura, Lula lamentou a ausência do presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, e afirmou que “nada justifica o genocídio em Gaza”. Abbas participa do evento por videoconferência, após restrições de vistos impostas pelo governo dos EUA.
Janja também destacou dados de ONU Mulheres, segundo os quais mais de 28 mil mulheres e meninas foram mortas em Gaza desde o início do conflito em 2023. Em seu post, a primeira-dama reafirmou o posicionamento do Brasil em favor do fim da guerra e da solução de dois Estados, tradicionalmente defendida pelo país na ONU.
O presidente Lula, em seu discurso, afirmou: “Os atentados terroristas perpetrados pelo Hamas são indefensáveis sob qualquer ângulo. Mas nada, absolutamente nada, justifica o genocídio em curso em Gaza. Ali, sob toneladas de escombros, estão enterradas dezenas de milhares de mulheres e crianças inocentes. Ali também estão sepultados o Direito Internacional Humanitário e o mito da superioridade ética do Ocidente.”
Janja concluiu sua publicação reforçando o compromisso do Brasil com a paz: “Seguiremos nos colocando ao lado da paz, dedicando nossos esforços para que todas as pessoas possam viver suas vidas com segurança e dignidade em seus territórios.”



