Novas revelações exclusivas sobre o assassinato do ex-delegado e secretário municipal de Praia Grande, Ruy Ferraz Fontes, foram feitas no programa Domingo Espetacular, da Record. Segundo depoimento da esposa de Ruy à polícia, o ex-delegado estava há quatro dias sem dormir e tenso havia quatro meses, preocupado com uma situação de licitação de câmeras de segurança pública na cidade onde atuava.
Ainda de acordo com a esposa, Ruy comentou que tinha informações sobre a licitação em seu celular. Questionado por ela sobre mais detalhes, ele disse que contaria melhor depois. Infelizmente, não houve tempo, pois ele foi assassinado.
Investigação
Ruy Ferraz Fontes foi executado na noite da última segunda-feira (15), após cumprir expediente na Prefeitura de Praia Grande. Câmeras de segurança flagraram o momento em que três criminosos armados com fuzis desembarcaram de uma caminhonete e atiraram contra o ex-delegado.
As investigações da Polícia Civil apontam para a participação de uma quadrilha. Até o momento, quatro suspeitos foram presos: Dahesly Oliveira Pires, Luiz Henrique Santos Batista (o Fofão), Rafael Marcell Dias Simões (Jaguar) e o proprietário de uma das casas usadas pelos criminosos, Willian Silva Marques, que se entregou na madrugada de domingo (21).
A polícia ainda procura outros três investigados: Felipe Avelino da Silva (conhecido no PCC como Mascherano), Flávio Henrique Ferreira de Souza e Luiz Antonio Rodrigues de Miranda.
As casas da quadrilha
A polícia já investiga dois imóveis que teriam sido usados como base pelos criminosos. A primeira casa, de propriedade de Willian, fica em Praia Grande. A perícia encontrou 41 materiais genéticos no local, incluindo de um policial militar, que é irmão do proprietário, mas que não é considerado suspeito.
Um segundo imóvel, em Mongaguá, também foi periciado e a polícia coletou impressões digitais. Os fuzis usados no crime ainda não foram localizados. A investigação continua para identificar e prender todos os envolvidos.



