A Polícia Civil de São Paulo prendeu, na madrugada deste domingo (21), William Silva Marques, apontado como proprietário da casa em Praia Grande usada como base operacional na execução do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes. O imóvel, segundo a investigação, teria abrigado integrantes do grupo criminoso e armazenado o fuzil utilizado no assassinato. William, que teve a prisão decretada e estava foragido, se entregou no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), acompanhado de seu advogado.
Com a prisão de William, sobe para quatro o número de detidos por envolvimento no crime. Outros três suspeitos seguem foragidos.
Prisões e buscas
No sábado (20), Rafael Marcell Dias Simões também se apresentou à polícia. Antes dele, foram presos Dahesly Oliveira Pires, identificada como a mulher que buscou o fuzil no litoral paulista, e Luiz Henrique Santos Batista, conhecido como Fofão, acusado de auxiliar um dos executores na fuga após o homicídio.
Ainda são procurados Felipe Avelino da Silva, apelidado de Mascherano, e Flávio Henrique Ferreira de Souza, ambos com vestígios genéticos encontrados em um dos veículos usados no crime, além de Luis Antônio Rodrigues de Miranda, suspeito de ter ordenado a retirada de armamento do imóvel em Praia Grande.
Base criminosa
A casa, localizada na rua Campos do Jordão, no bairro Jardim Imperador, foi identificada como possível QG da ação criminosa após denúncias de vizinhos sobre movimentações atípicas na véspera do crime. Segundo a polícia, Dahesly Oliveira saiu do imóvel transportando um dos fuzis utilizados na execução de Ruy Ferraz Fontes.
O local, a cerca de oito quilômetros da sede da prefeitura de Praia Grande — de onde o ex-delegado saiu antes de ser morto — passou por perícia na quarta-feira (17), com coleta de impressões digitais para identificação de demais envolvidos. A residência seria alugada para fins de semana, mas o período exato de ocupação pelos suspeitos ainda não foi esclarecido pelas autoridades.
As investigações continuam sob responsabilidade do DHPP.



