Exclusivo: ex-PCC, Frank afirma que morte de delegado Ruy ‘é só o começo’

Em entrevista exclusiva ao portal BacciNotícias, Frank — ex-integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC) — afirmou que a morte do delegado Ruy Ferraz Fontes, assassinado na última segunda-feira (15), na Praia Grande, faz parte de um plano maior orquestrado pela facção. Segundo ele, a ordem partiu de membros do alto escalão do crime organizado.

De acordo com Frank, a execução de Ruy teria sido articulada desde fevereiro de 2024, com a morte de “Príncipe”, sobrinho de Azul, figura de destaque no PCC. A operação envolveria nomes conhecidos no crime, como Boqueta, também da alta cúpula do Comando na Baixada Santista que, segundo o ex-integrante, também foi “preso e solto pela porta da frente”, o traficante Cara de Pedra e Andrei, apontado como fornecedor de fuzis para a organização no litoral.

Frank revelou que o grupo criminoso planeja oferecer revólveres e pistolas 9 mm como recompensa para quem matar policiais da ROTA e do BAEP, em uma tentativa de “parar a Baixada” e retaliar ações policiais na região. “O Azul, sintonia final da Baixada, soltou o “salve”. Querem vingança, mas também há interesses estratégicos. A região é vital para o transporte de drogas”, afirmou.

Apenas os integrantes da chamada “restrita”, um setor reservado apenas aos líderes do alto escalão, sabem os detalhes e o modus operandi em relação a morte do Dr Ruy.

No entanto, para ele, a facção não arriscaria um ataque desse porte apenas por vingança. “O PCC age com estratégia política. Quando alguém incomoda a alta cúpula, a vingança é o motivo, mas também resolve os problemas de quem queria se livrar da pessoa”, explicou.

Frank também afirmou que a escolha de Ruy não foi aleatória. “Ele tinha muito peso dentro da polícia. Era respeitado e temido. Por isso foi o alvo”, disse. Além disso, ele cita o trabaho do delegado aposentado na prefeitura e que isso pode ter contribuído para o crime.

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