Obra ilegal em prédio escolar mata e deixa centenas de jovens feridos na Indonésia

Na Indonésia, equipes de resgates, incluindo policiais e soldados, mobilizam-se em uma corrida contra o tempo para encontrar dezenas de pessoas que permanecem presas nos escombros de um prédio escolar que desabou na cidade de Sidoarjo, em Java Oriental. O acidente aconteceu na última segunda-feira(29), em um internato islâmico conhecido como Al Khoziny, quando os alunos se reuniam para as orações da tarde.

As autoridades confirmaram a morte de pelo menos três estudantes, e um total de 101 feridos foram resgatados e levados aos hospitais, alguns deles em estado grave. No entanto, há uma grande preocupação de que o número de vítimas fatais possa aumentar consideravelmente, dado o volume de pessoas soterradas.

Muitos dos desaparecidos são adolescentes, a maioria meninos com idades entre 12 e 17 anos, que estavam em classes do 7º ao 11º ano. Um quadro de avisos instalado no posto de comando do complexo escolar listava 65 alunos como desaparecidos até a manhã de terça-feira(30).

Os trabalhos de resgate são extremamente complexos. Lajes pesadas de concreto e a instabilidade das partes remanescentes da estrutura dificultam o acesso e a escavação. O foco inicial das equipes tem sido manter vivas as vítimas localizadas.

Na área do desabamento e os hospitais próximo da região, tornaram-se pontos de encontros para familiares em desespero, que aguardam ansiosamente por notícias de seus filhos.

As autoridades estão investigando a fundo a causa do colapso. Para imprensa local, o porta-voz da polícia provincial, Jules Abraham Abast, informou que o prédio onde ficava o antigo salão de orações possuía dois andares, mas a administração estava construindo mais dois pavimentos adicionais sem a devida autorização.

A fundação do antigo prédio aparentemente não conseguiu suportar dois andares de concreto e desabou durante o processo de concretagem“, explicou Abast.

O incidente atingiu os alunos que realizavam as orações da tarde. Relatos de sobreviventes indicam que as alunas estavam rezando em outra parte da edificação, conseguindo, felizmente, escapar ilesas da tragédia.

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