Governos parabenizam Javier Milei pela vitória na Argentina


Na América Latina, o tom das mensagens foi de respeito à decisão dos eleitores. Javier Milei foi eleito na Argentina
Reprodução/Globo
A vitória de Javier Milei repercutiu em todo o mundo.
O Secretário de Estado americano, Antony Blinken, parabenizou Javier Milei pela vitória e elogiou o processo democrático da Argentina, que chamou de “robusto”.
Blinken afirmou que os Estados Unidos esperam trabalhar com o presidente eleito para avançar em prioridades compartilhadas pelos dois países, incluindo a proteção dos direitos humanos e da democracia, e o combate às mudanças climáticas.
Na América Latina, o tom das mensagens foi de respeito à decisão dos eleitores. Tanto de governos de esquerda, como os do mexicano Lopes Obrador e o do chileno Gabriel Boric, até lideranças de centro direita, como o presidente do Uruguai e parceiro no Mercosul, Luis Lacalle Pou.
O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, destoou ao usar um tom mais incisivo para lamentar a vitória de Milei. Mas afirmou que os vínculos entre povos vão se manter com respeito mútuo.
Na Europa, líderes direitistas, como a primeira ministra da Itália, Giorgia Meloni, e a presidente da Hungria, Katalin Novák, deram os parabéns.
No Reino Unido, o porta-voz do primeiro-ministro, Rishi Sunak, disse que espera uma parceria comercial próspera.
Assim como o presidente russo Vladimir Putin, que disse desejar aprofundar a parceria com Buenos Aires em diversas áreas.
Durante a campanha, Milei sinalizou que pretende se distanciar de governo que chama de comunistas, incluindo Moscou e a China – o principal parceiro comercial da Argentina.
O Ministério das Relações Exteriores chinês declarou que está pronto para impulsionar a cooperação entre os dois países. E reafirmou o apoio à entrada da Argentina no grupo de países em desenvolvimento conhecido como Brics.
Em agosto, Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul anunciaram a entrada de novos seis parceiros, incluindo a Argentina.
Ainda na campanha, Milei declarou que não apoiava esse movimento.
No Fundo Monetário Internacional, a diretora-gerente Kristalina Georgieva disse que espera trabalhar com Milei para garantir a estabilidade macroeconômica e fortalecer o crescimento para todos os argentinos.
Nos últimos anos, a relação da Argentina com o FMI foi de altos e baixos.
O país deve US$ 44 bilhões – a maior dívida entre todos os países que integram o fundo.
Logo depois de tomar posse, em dezembro, Javier Milei já vai ter que pagar a próxima parcela dessa dívida.
No início da campanha, Milei criticou o fundo e disse que o FMI “não se importava com a Argentina”.
Mas, em agosto, ele se reuniu com diretores do FMI e disse que faria ajustes na economia ainda mais duros que os exigidos pelo fundo. E negou que pretendesse dar um calote na instituição.

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