O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou, nesta segunda-feira (29), que a indicação ao Supremo Tribunal Federal (STF) é uma coisa tão sua que não deseja repartir com ninguém.
Questionado pelo repórter da CNN Téo Cury se iria realizar a nomeação nesta semana, o chefe do Executivo respondeu: “Qual é a expectativa que você tem meu filho?”
E continuou: “Isso é uma coisa tão minha que eu não quero repartir com ninguém.”
Conforme informações da analista da CNN Raquel Landim, Lula informou aos atuais magistrados da Suprema Corte que vai indicar em breve o advogado Cristiano Zanin Martins para a vaga do ex-ministro Ricardo Lewandowski, que se aposentou em abril.
Lula optou por Zanin porque tem forte relação de confiança com o advogado, que o defendeu durante a Operação Lava Jato.
O jurista é responsável pelo pedido de habeas corpus no STF que resultou nas anulações das condenações de Lula. Desde que chegou ao Planalto, o presidente vem se cercando de pessoas que o apoiaram durante os 580 dias que permaneceu preso em Curitiba.
O nome do advogado ainda precisa ser sabatinado no Senado Federal, mas não deve enfrentar resistências, a despeito dos conflitos de interesse que podem surgir em casos envolvendo a Lava Jato ou o próprio presidente da República.
Entretanto, Zanin não era o nome preferido dos ministros do STF, nem de advogados do Prerrogativas, grupo que combateu a Lava Jato. A sua escolha para o Supremo movimentou outras peças no tabuleiro do Judiciário.
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