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Psicóloga vai responder por injúria por preconceito, ameaça e lesão corporal após polícia analisar imagens e depoimentos


Inicialmente, Juliana de Almeida Cézar Machado, que ofendeu funcionários de restaurante do Museu do Amanhã, iria responder apenas por lesão corporal. No entanto, delegado entendeu que a mulher praticou outros crimes. Discussão entre psicóloga e chef foi filmada
Reprodução/TV Globo
A psicóloga Juliana de Almeida Cézar Machado, que se passou por uma desembargadora, e ofendeu funcionários de um restaurante no Museu do Amanhã, no Centro do Rio, no último sábado (27), vai responder por injúria por preconceito, ameaça e lesão corporal. Num primeiro momento, foi registrado como lesão corporal.
De acordo com a Polícia Civil, a ocorrência foi apresentada na 5ª DP (Mém de Sá) e, numa rápida análise, o delegado de plantão determinou que a ocorrência foi registrada como lesão corporal.
No entanto, segundo a corporação, no “curso dos depoimento que duraram cerca de duas horas, surgiram fatos novos (que não haviam sido bem esclarecidos de início) dando conta que a autora proferiu ofensas homofóbicas, ameaças e outros xingamentos que configuram, em tese, outros crimes”, diz a instituição.
Ainda segundo a corporação, “com a divulgação de vídeos feitos no momento das agressões restou claro a necessidade de instauração de inquérito policial, a partir do acréscimo de crimes como injúria por preconceito e ameaça, somados à lesão corporal”.
A investigação ficará a cargo da 4ª DP (Praça da República).
O caso
Psicóloga: Eu vou denunciar essa ** Eu sou desembargadora, sua *** e vou trazer a polícia aqui pra fechar essa ***
Vítima: Pode trazer
Psicóloga: Eu sou desembargadora. Você tá *** Seu via** **** Você é sapatão
Depois de xingar, ela pega a garrafa de bebida e volta às ofensas.
Psicóloga: Sua sapatão de mer**
As cenas são do último sábado e aconteceram no restaurante Casa do Saulo, que fica no Museu do Amanhã. A mulher que diz ser desembargadora é, na verdade, a psicóloga.
Segundo a chef Isabela Duarte, desde a chegada ao restaurante a mulher já estava discutindo com os pais. Quando os ânimos se exaltaram, os funcionários tentaram retirar Juliana do estabelecimento.
“Acabou que nesse momento que a gente direcionou ela lá pra fora, tentei acalmá-la. Foi no momento que ela se sentiu contrariada e acabou também me agredindo verbalmente, falando coisas de cunho preconceituoso e, nesse momento, os outros clientes passaram, e ela acabou querendo derramar vinho nessa cliente”, conta Isabela.
Além das ofensas, a chef Isabela conta que foi agredida fisicamente.
“Eu fui tentar impedi-la e numa segunda tentativa eu consegui segurá-la, mas no outro braço ela estava segurando a taça. Foi quando ela me agrediu fisicamente e aí, acertou a taça do vinho, estilhaçou no meu braço e aí, teve algumas escoriações. E meu braço começou a sangrar. Ela tentou arremessar a garrafa de vinho e nesse momento o caos se instaurou”, falou a vítima.
Em outro vídeo, é possível ver que o braço de Isabela está sangrando e que uma funcionária e clientes do restaurante também ajudaram a conter a mulher.
Henrique Lixa, auxiliar de cozinha no restaurante, conta que também foi agredido no rosto.
“Ela atingiu o meu lábio. Me bateu no rosto. Ela me arranhou no braço, na mão. E aí eu me afastei um pouco da situação para não me exaltar mais. Depois a polícia chegou, ela continuou cometendo crimes homofóbicos.”
A mulher foi levada para a delegacia, onde o caso foi registrado como lesão corporal, e depois liberada. O boletim de ocorrência não menciona crime por causa das ofensas preconceituosas.
“Pra mim foi até surpreendente que a agressora tenha conseguido sair com um papel na mão, livre, pela porta da frente da delegacia, e continuando ofendendo os policiais militares que a levaram para lá”, diz Henrique Tartarotti, subgerente do restaurante.
“Nunca que eu ia imaginar que a gente ia chegar no trabalho e acontecer isso, porque você sai de casa com o único intuito que é trabalhar, fazer seu serviço da melhor maneira possível. Se a gente não fala, acaba se calando, a gente acaba sendo cúmplice, por assim dizer, do que tem acontecido. E acho que o meu papel nisso tudo não pode ser esse. Tem que ser de se posicionar e pedir que, de alguma maneira, as coisas precisam ser resolvidas, esclarecidas. E pedir justiça”, diz a chef.
O g1 tenta contato com a psicóloga, mas não conseguiu retorno.
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