• New Page 1

    RSSFacebookYouTubeInstagramTwitterYouTubeYouTubeYouTubeYouTubeYouTubeYouTubeYouTube  

    Social - Repositório

Operação Mensageiro: prefeito preso em SC diz que recebeu R$ 460 mil em propina e usou para comprar imóvel


Marlon Neuber (PL), de Itapoá, no Litoral Norte, foi ouvido em audiência de instrução. Operação já prendeu 16 prefeitos e investiga esquema envolvendo corrupção em contratos para coleta de lixo. Investigação encontrou dinheiro em caixa com logotipo da Serrana durante prisões da Operação Mensageiro em Itapoá
MPSC/ Divulgação
O prefeito de Itapoá, no Litoral Norte catarinense, Marlon Neuber (PL), confirmou durante audiência de instrução da Operação Mensageiro o recebimento de aproximadamente R$ 460 mil em propina. Ele foi preso em dezembro na primeira fase da operação, que investiga um esquema envolvendo corrupção em contratos para coleta de lixo.
Segundo ele, durante a sessão nesta terça-feira (30), os pagamentos teriam ocorrido entre 2017 e 2022. Desde dezembro do ano passado, 16 prefeitos de cidades catarinenses foram detidos pela Mensageiro.
Compartilhe esta notícia no WhatsApp
Compartilhe esta notícia no Telegram
Durante o depoimento, aberto à imprensa no Fórum de Joinville, o prefeito afirmou que teve o primeiro contato em 2016 com a empresa Serrana Engenharia, pivô da investigação. Na época, ele era candidato a prefeito.
Na ocasião, relatou ter pedido doação de R$ 150 mil para a campanha eleitoral, valor que foi pago pela empresa. Já eleito, entre 2017 e 2018, teria procurado a Serrana e combinado um pagamento de propina de R$ 120 mil por ano.
Segundo ele, os valores eram pagos, normalmente, duas vezes ao ano ao cunhado. A partir de 2022, a propina deixou de ter um valor fixo e passou a ser paga com base em um percentual do contrato que a empresa tinha com o município.
Entenda a operação Mensageiro, que prendeu prefeitos e outros agentes públicos em SC
A reportagem procurou a defesa de Marlon Neuber e do cunhado Amilton José Reis, mas o advogado de ambos afirmou que não iria se manifestar porque o processo está sob sigilo. A empresa também informou que só se manifestará à Justiça.
Uso do dinheiro
Marlon afirmou que chegou a comprar um imóvel em Itapoá com o valor recebido, e que usou recursos para “compromissos sociais que assumia publicamente, e compromissos pessoais”.
Também disse ter usado recursos em campanhas eleitorais de 2018 no âmbito estadual e federal e para outros gastos pessoais, como contas de telefone.
O prefeito admitiu que os R$ 180 mil apreendidos na casa dele durante a prisão seria, na maior parte, resultado de propina com a Serrana.
Marlon alegou não saber se o edital continha informações que favoreciam a Serrana, mas admitiu que o prefeito poderia “impedir o curso natural das coisas”, mas disse que ele “deixava fluir naturalmente”.
“Se o prefeito fosse agir, tomasse qualquer iniciativa, poderia dificultar a vida da empresa. Era de interesse de ambos que o relacionamento corresse normalmente”, afirmou.
Cunhado diz que foi envolvido no caso e alertava prefeito
O cunhado do prefeito, que também prestou depoimento, afirmou que foi “envolvido num esquema de corrupção” e que alertava o prefeito de que o recebimento de propina “não estava certo”.
Ele disse que teria saído do esquema há dois anos e que não recebeu valor algum pelas entregas ao prefeito.
Segundo Reis, ele chegou a pensar em denunciar o cunhado e sabia que os valores eram referentes à propina. Afirmou que “não sabia se era de contratos (da prefeitura), mas sabia que era duvidoso”.
Em relação ao esquema, disse que era procurado pelo “mensageiro” e geralmente se encontrava em um centro comercial de Brusque, no Vale do Itajaí, para receber o dinheiro, que vinha em envelopes pardos e que seriam destinados ao prefeito de Itapoá.
VÍDEOS: mais assistidos do g1 SC nos últimos 7 dias
Veja mais notícias do estado no g1 SC
Adicionar aos favoritos o Link permanente.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *