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Lula volta a repetir que há “narrativa” criada contra a Venezuela

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a dizer nesta 3ª feira (30.mai.2023) que há uma narrativa criada contra a Venezuela. Disse em entrevista a jornalistas que o ex-presidente Hugo Chávez (1954-2013) era colocado como um “demônio”.

“O que eu disse, na verdade, é que desde que o Chávez tomou posse, foi construída narrativa contra Chávez em que ele é um demônio, a partir daí começa a jogar todo mundo contra ele. Foi assim comigo, a quantidade de mentira nos meus processos. Uma narrativa vendendo uma mentira que depois ninguém conseguiu provar”, declarou.

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Lula afirmou também que disse a Nicolás Maduro que ele precisa usar “a verdade” para emplacar sua narrativa. O petista sugeriu ao presidente venezuelano a elaboração de documento a ser assinado por todos seus opositores. O objetivo: pedir “respeito à soberania da Venezuela”.

Essa é a 2ª vez que Lula fala sobre uma “narrativa” contra o governo venezuelano.

Na 2ª feira (29.mai.2023), o petista disse o seguinte durante encontro com Maduro: “Eu vou em lugares que as pessoas nem sabem onde fica a Venezuela, mas sabem que a Venezuela tem problema de democracia, que o governo ‘não sei das quantas’. Então, é preciso que você [Maduro] construa sua narrativa. Eu acho que, por tudo que nós conversamos, a sua narrativa é infinitamente melhor do que a narrativa que eles têm contado contra você”.

Criticado pelos presidentes do Uruguai e do Chile, Lula classificou as críticas como “no limite da democracia”.

CHILE E URUGUAI CRITICAM FALA

O presidente do Chile, Gabriel Boric, afirmou nesta 3ª feira (30.mai) que as violações dos direitos humanos na Venezuela não são uma “narrativa” como disse o presidente Lula na 2ª feira (29.mai), ao lado de Nicolás Maduro.

“Não é uma construção narrativa, é uma realidade, é seria”, declarou Boric aos jornalistas, em Brasília. Segundo ele, o Chile está feliz que Maduro volte a participar de reuniões multilaterais, mas que não se pode fazer uma “vista grossa” para possíveis violações dos direitos humanos.

Boric, que é de esquerda, não é o 1º líder sul-americano a questionar a fala de Lula. Mais cedo, nesta 3ª feira (30.mai) o presidente do Uruguai, Luiz Alberto Lacalle Pou, de direita, se disse “surpreso” com a declaração do brasileiro.

Na 2ª feira (29.mai.2023), Lula recebeu Maduro no Palácio do Planalto com honrarias de chefe de Estado para uma reunião bilateral. O encontro foi o principal marco da retomada das relações bilaterais entre os 2 países, que haviam rompido em 2019, no governo de Jair Bolsonaro (PL). Ao final do encontro, o chefe do Executivo brasileiro fez fortes críticas aos Estados Unidos pelo embargo econômico ao país vizinho, que classificou como “pior do que uma guerra”.

NICOLÁS MADURO

O presidente da República Bolivariana da Venezuela, Nicolás Maduro Moros, 60 anos, comanda um regime autocrático e sem garantias de liberdades fundamentais. Mantém, por exemplo, pessoas presas pelo que considera “crimes políticos”. Há também restrições descritas em relatórios da OEA (sobre a “nomeação ilegítima” do Conselho Nacional Eleitoral por uma Assembleia Nacional ilegítima) e da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (de outubro de 2022, de novembro de 2022 e de março de 2023).

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