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Governador de Goiás, Ronaldo Caiado fala à CPI do MST nesta quarta-feira (31)

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), será ouvido por parlamentares na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MST.

O convite a Caiado, feito pelo deputado Gustavo Gayer (PL-GO), foi aprovado no início da sessão de terça-feira (30). A assessoria do governador confirmou o depoimento para esta quarta-feira (31), às 14h.

“A presença do governador como convidado na CPI enriquecerá o debate, já que o estado de Goiás não conta com nenhuma ocupação do MST”, afirmou o deputado Gustavo Gayer.

Caiado, que é conhecido como líder ruralista, já estava ciente do convite antes da aprovação do requerimento, e deve falar sobre o trabalho que tem sido feito em Goiás para impedir invasões.

Segundo parlamentares oposicionistas ouvidos pela CNN, Goiás é tido como um “case de sucesso” no combate às invasões de terra pelo MST, como por exemplo as recentes invasões ocorridas no município de Hidrolândia-GO que, segundo o governo, foram desmobilizadas em menos de 24 horas, de forma pacífica.

O governador também deve usar sua experiência pessoal para se posicionar contra as ações do movimento. Além do convite a Ronaldo Caiado, a CPI aprovou outros requerimentos apresentados por parlamentares. Foram convidados a comparecer na Comissão:

  • Francisco Graziano Neto, ex-presidente do Incra;
  • Geraldo Melo Filho, ex-presidente do Incra;
  • José Geraldo de Souza Junior, professor especialista;
  • Raquel Rigotto, especialista em medicina do trabalho e pesquisadora no campo de agrotóxicos no Brasil;

Também foi aprovado um requerimento do relator do colegiado, Ricardo Salles (PL-SP), para que a Controladoria-Geral da União preste assessoria aos parlamentares durante a CPI.

Em sessão tensa, base governista acusa relator de induzir convidados

Nesta terça-feira (30), a CPI do MST ouviu um casal de ex-integrantes do grupo ativista, mas que deixou a sessão antes do fim. A base governista diz que eles foram induzidos a isso por Ricardo Salles.

Após uma das discussões entre Salles e Talíria Petrone (PSOL-RJ) e pedidos de ordem, um bate-boca entre alguns parlamentares tomou conta do plenário.

Em seguida, o presidente da CPI, Tenente-Coronel Zucco (Republicanos-RS), disse: “Os nossos convidados, em função, talvez, da forma cordial que nós estamos conduzindo, eles querem sair [sic]. São convidados, eles querem sair. Então eu pergunto: senhora Nelcilene e senhor Ivan, os senhores querem se retirar?”.

Os convidados responderam afirmativamente à pergunta de Zucco, causando revolta em deputados presentes, muitos dos quais não haviam conseguido fazer perguntas aos ex-integrantes do MST. Alguns alegaram que Salles teria induzido o casal a deixar a sessão.

Em outro momento, Talíria Petrone observou que “apenas um deputado do PT fez perguntas aos depoentes”. “Todos os outros se inscreveram depois da saída dos depoentes orientada pelo relator Ricardo Salles.”

Salles rebateu a fala, destacando que não houve orientação e que Petrone estaria mentindo. “Eu não orientei a convidada, ela simplesmente reclamou da agressividade e ela e o marido disseram que queria ir embora”, pontuou.

Ex-integrante diz que MST usava “trabalho escravo”

Nelcilene Reis, ex-integrante do MST, afirmou durante a CPI que trabalhava em um mercadinho do movimento das 8h às 17h, sem receber salário.

Observou também que não haveria outro tipo de comércio no local e que o que arrecadavam era coletado por dirigentes. Ela diz que entrou no grupo em 2016 com o marido, tendo saído no começo de 2019.

Em outros momentos da CPI, Nelcilene também disse que era prometido aos integrantes uma chácara de três hectares, mas que a concessão desse espaço nunca foi feita. A afirmação foi feita em resposta a uma pergunta de Ricardo Salles.

“A promessa que seriam passados para cada uma das pessoas uma mini chácara de três hectares. Mas eram muitas pessoas pra essa promessa. (…) Não foi feita [a regulação fundiária e concessão dos títulos]. A gente foi ver que isso jamais iria acontecer”, colocou.

Ela também falou sobre a saída dela e do marido do movimento: “Eu e meu esposo saímos no começo de 2019, porque não aceitávamos a maneira que éramos tratados. Resolvemos nos desligar do MST. Saímos porque éramos massa de manobra do MST.”

Em nota enviada à CNN, o MST afirmou que “são acusações sem nenhum tipo de comprovação”. “Fazem diversas acusações e em nenhuma delas apresentam um boletim de ocorrência, inquérito, processo ou condenação. São mentiras.”

Este conteúdo foi originalmente publicado em Governador de Goiás, Ronaldo Caiado fala à CPI do MST nesta quarta-feira (31) no site CNN Brasil.

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