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Execução de advogados: alegações e ânimos exaltados marcam 2º dia do Júri

Nesta quarta-feira (31/5) acontece o segundo dia do Tribunal do Júri dos envolvidos nos homicídio dos advogados Marcus Aprígio Chaves e Frank Alessandro, em 28 de outubro de 2020, em Goiânia. Ao longo do dia, defesa e acusação apresentaram suas teses e, por outra vez, bateram boca para comprovar seus argumentos.

Enfrentam o júri: Nei Castelli, apontado como mandante, Hélica Ribeiro Gomes, namorada do atirador Pedro Henrique Martins – condenado a a 45 anos, 6 meses e 10 dias de prisão, e Cosme Lompa Tavares.

Nas primeiras horas, o fazendeiro Catelli foi interrogado. Ele apresentou explicações a questões que o incriminam e declarou ser inocente. “Eu sou inocente neste crime, doutor. Não são verdadeiras as acusações. Também queria saber de onde tiraram esse indício de que fui eu”, declarou o réu. Confira o depoimento de Nei aqui.

Após o depoimento de Catelli, foi retomado o debate das partes. A acusação declarou que o fazendeiro é culpado e quer “levar o júri a acreditar que tinha renda alta e que não teria motivos para mandar matar por dinheiro”.

Segundo a Polícia Civil do Goiás (PCGO), Nei Castelli teria ordenado o assassinato depois de perder uma ação envolvendo terras na divisa de Goiás e Bahia, avaliadas em R$ 46 milhões, o que o obrigava a pagar às vítimas o valor de R$ 4,6 milhões a título de honorários sucumbenciais.

A defesa de Nei criticou a maneira como a polícia prosseguiu com as investigações, apontou o nome de um agiota, que, segundo eles seria o verdadeiro mandante do crime, e apresentou áudios para provar a tese.

Ouça:

Conforme declarado pela defesa, Marcus e Frank “passaram a perna” em um agiota, que era parte oposta em um processo no qual eles atuavam. Os advogados, que representavam um cliente processado pelo tal criminoso, teriam verificado que o homem criava empresas fantasmas em nome de laranjas para executar dividas.

Ao investigarem uma forma de ganhar a causa, Marcus e Frank descobriram que o tal comércio que constava na ação do cliente era falso e, com isso, resolveram procurar a pessoa cuja identidade estava sendo utilizada na trama.

Assim que conseguiram o endereço desse laranja, o procuraram e ofereceram R$ 200 mil a ele.

Como o nome e dados da pessoa constava como pertencentes ao dono da empresa fantasma, ela [laranja] aceitou firmar um acordo na primeira cifra apresentada. O valor do processo, porém, era R$ 5 milhões.

Dessa forma, segundo a defesa, o agiota teria contratado os assassinos para matarem os advogados, por vingança.

O promotor Spiridon Nicofotys disse que a apresentação da defesa dos acusados o surpreendeu e mostrou dados, mas “nada que prove a inocência do trio”.

De repente, uma confusão teve início no tribunal e foi necessária a intervenção do juiz, que optou por interromper a audiência por alguns minutos.

Após o tempo estipulado, o júri retornou e uma nova confusão teve início. Por fim, a acusação pediu aos jurados que absolvessem Hélica e condenassem Castelli e Lompa.

Veja:

Relembre o caso

Pedro e Jaberson, usando o nome de Fernando Morais, ligaram para o escritório de advocacia perguntando por Marcus Aprígio e chegaram a deixar um número de telefone para retorno, que, mais tarde, foi usado pela secretária das vítimas para agendar a reunião para o dia 28 de outubro de 2020.

Conforme mencionado no processo, a dupla criminosa teria se passado por clientes e marcado uma reunião para cometer os assassinatos. Eles teriam exigido dinheiro dos advogados e atirado contra os dois logo após terem roubado R$ 2 mil.

Durante as investigações, a polícia desconfiou que o crime teria sido encomendado e passou a ouvir pessoas envolvidas nas vidas dos advogados. Apesar de no início ter sido levantada a hipótese de que um agiota poderia estar por trás do homicídio, o fazendeiro Nei Castelli foi detido como o mandante.

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