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Governistas comemoram e falam em volta do ‘Pibão’, mas mercado interno e investimento são pontos fracos

São Paulo – O resultado positivo do Produto Interno Bruto (PIB), divulgado nesta quinta-feira (1º) pelo IBGE, levou representantes e aliados do governo a comemorar nas redes sociais. O próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva publicou comentário otimista: “Resultados que comprovam que nosso país já está melhorando. E vamos seguir trabalhando para distribuir esse crescimento com o povo brasileiro”.

O crescimento de 1,9% no primeiro trimestre, em relação ao último de 2022, foi o quarto maior entre 50 economias mundiais que já divulgaram dados relativos a este início de ano. O Brasil ficou atrás da China (2,2%), por exemplo, mas superou os Estados Unidos (0,3%).

Crítica aos juros

Líder do governo no Senado, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP) lembrou ainda que o PIB cresceu 4% em relação ao primeiro trimestre do ano passado. E aproveitou para criticar o Banco Central. “O fiasco coube à taxa de investimento, que caiu 3,4% e está em níveis baixíssimos, culpa da taxa de juros estratosférica. Já pensou quando soltar esse freio de mão?”, comentou o parlamentar. O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, foi ainda mais enfático, ao afirmar que o “Pibão voltou”, citando fatores como queda da inflação e aumento do salário mínimo.

O Ministério da Fazenda, dirigido por Fernando Haddad, também publicou comentário sobre a divulgação do PIB, lembrando que o crescimento ficou acima das estimativas do mercado financeiro. “A economia está no caminho certo. Com a Reforma Tributária, Regime Fiscal e todas as outras medidas de distribuição de renda, iremos ainda mais longe. É só o começo!”, afirmou a Fazenda.

“Politicamente importante”

Os números sobre investimentos, como citou o senador Randolfe, foram ruins. A taxa de investimento correspondeu a 17,7% do PIB, abaixo de igual período de 2022 (18,4%). A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) caiu 3,4% em relação ao último trimestre de 2022, subiu 0,8% ante igual período do ano passado e soma 2,7% em 12 meses. Já o consumo das famílias variou apenas 0,2% no trimestre, somando 3,5% em relação ao primeiro período de 2022 e 4,5% no acumulado.

Em entrevista ao portal da revista Fórum, o economista e professor Marcio Pochmann considerou o resultado positivo e “politicamente importante”, mas faz ponderações. “A variação do PIB revela, em grande medida, a herança do modelo primário exportador que o Brasil já tinha há algum tempo. Ou seja, o crescimento da economia foi impulsionado principalmente pela produção voltada para a exportação, não para o mercado interno. Esse setor é importante na economia, mas tem um impacto limitado no emprego e na renda”, observou.

Mas ele ressaltou que o dado divulgado hoje mostra “mudança de rumo” na economia. E destacou a importância da emenda constitucional que permitiu ampliar os recursos orçamentários para este ano. Além disso, a inflação mostra “evidente desaceleração”.

Retomada da confiança

Já o professor Antonio Corrêa de Lacerda afirma que o resultado do PIB mostra recuperação ainda tímida, “porque restrita a alguns setores”, mas com sinais de retomada da confiança na economia. Ele também já estima crescimento mais robusto neste ano.

Leia também: PIB cresce acima do previsto no trimestre, com impulso da agropecuária, e soma 3,3% em 12 meses

“Isso já é fruto das políticas mais voltadas ao desenvolvimento, que estão sendo implementadas pelo governo Lula. O resultado aponta para um crescimento de 3% do PIB em 2023, que tenderá a se consolidar em 2024 e nos anos vindouros, na medida em que o novo papel do Estado juntamente com a iniciativa privada impulsionarem o consumo, a produção e os investimentos. O novo ambiente macroeconômico e as políticas econômicas adotadas devem colaborar para isso”, diz Lacerda.

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