O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cancelou a reunião com os líderes partidários da Câmara dos Deputados nesta 2ª feira (5.jun.2023) porque os congressistas não estão em Brasília. Segundo apurou o Poder360, a ida do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), para São Paulo também influenciou no adiamento.
A reunião estava marcada para 17h. Lula estava em evento sobre o Dia do Meio Ambiente até 17h45. Lira irá participar de evento do Esfera Brasil às 19h na capital paulista e será acompanhado por congressistas. Assim, para não ter um encontro esvaziado, o governo deve tentar uma nova data para a reunião na próxima semana.
Além disso, os deputados não devem ficar em Brasília nesta semana. Com o feriado de Corpus Christi, na 5ª feira (8.jun), Lira liberou o trabalho remoto na Câmara nesta semana.
“Semana é atípica, com muitas lideranças fora de Brasília”, argumentou o gabinete do líder do Governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA). A reunião com os chefes de bancada do Senado está mantida para a noite desta 2ª feira.
Já o líder do PT na Câmara, Zeca Dirceu (PR), afirmou que a reunião estava “somente prevista”. Ele nega ainda que o problema foi a falta de líderes em Brasília. Segundo o congressista, foi informado um “problema na agenda do presidente Lula”.
O líder do Governo na Casa, José Guimarães (PT-CE), informou aos líderes às 15h sobre o cancelamento.
Lira e Lula reuniram-se na manhã desta 2ª feira (5.jun) para falar sobre a articulação política do governo. O diálogo com os líderes partidários é uma das demandas dos congressistas para a definição dos aliados do petista no Congresso.
APROXIMAÇÃO
A reunião com líderes da Câmara seria às 17h e com líderes do Senado, às 18h. Ambas no gabinete da Presidência. Os encontros seriam o 2º passo na tentativa de Lula se envolver diretamente na articulação com o Congresso e distensionar a relação com deputados e senadores.
Mais cedo, Lula recebeu para um café da manhã o presidente da Câmara. O encontro se deu depois de uma semana de derrotas do governo no Congresso.
Na 3ª feira (30.mai), houve a aprovação do marco temporal na Câmara. A proposta limita a demarcação de terras indígenas, determinando que só poderão ser demarcadas as terras ocupadas por comunidades indígenas até 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição.
No dia seguinte (31.mai), houve o esvaziamento dos ministérios do Meio Ambiente e dos Povos Indígenas na aprovação da medida provisória 1.154 de 2023, que reestruturou a Esplanada, aumentando de 23 para 37 o número de ministérios do governo.
