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Entidades de direitos humanos e de defesa do jornalismo cobram proteção para repórteres e indigenistas na região amazônica


Neste 5 de junho, os assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips completaram um ano, e a data motivou diversos atos públicos no Brasil e no exterior. Entidades de direitos humanos e de defesa do jornalismo cobram proteção para repórteres e indigenistas na região amazônica
JN
Entidades de defesa dos direitos humanos e do jornalismo cobraram, nesta segunda-feira (5), a proteção para jornalistas e indigenistas que atuam na região amazônica. Neste 5 de junho, os assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips completaram um ano, e a data motivou diversos atos públicos no Brasil e no exterior.
A equipe de vigilância da qual Bruno fazia parte seguiu de Atalaia do Norte até a margem direita do Rio Itacoaí, onde o indigenista e o jornalista Dom Phillips foram assassinados.
O Rio Itacoaí ainda está secando. Por isso, duas cruzes foram enterradas na área alagada e apoiadas em troncos de árvores.
A maioria dos que participaram da colocação das cruzes atuou diretamente nas buscas por Bruno e por Dom durante 11 dias. O retorno à área um ano depois das mortes brutais foi para fincar na floresta que tanto eles defenderam uma homenagem que vai poder ser vista de longe.
“É importante saber que a luta se renova a cada dia Os indígenas estão participando, equipes de vigilância da Univaja, e a gente vai continuar este trabalho”, diz Carlos Travassos, assessor da União dos Povos do Vale do Javari.
O grupo fez um minuto de silêncio em memória dos dois. Indígenas das etnias Kanamary, Matis, Mayuruna e Marubo homenagearam Bruno e Dom.
Beatriz e Alessandra, viúvas de Bruno e de Dom, precisam conviver com a saudade.
“A primeira coisa é isso, é preservar a verdade, preservar a verdade que o meu marido e o Dom foram vítimas de um crime brutal, completamente desumano. Eu não tenho como não estar de pé. Então, o que são duas crianças pequenas que precisam muito de mim. Eles já perderam o pai e eles precisam muito de mim”, diz Beatriz Matos, viúva de Bruno Pereira.
“Não conviver mais com Dom e muito doloroso. A gente tinha uma parceria muito intensa, a gente era muito amigo, era o meu melhor amigo”, afirma Alessandra Sampaio, viúva de Dom Phillips.
Bruno Pereira atuou por mais de uma década em defesa dos povos do Vale do Javari. Dom Phillips era outro apaixonado pela Amazônia. Aquela viagem era para coleta de mais informações para o novo livro. Segundo as investigações, Bruno foi morto por combater a pesca ilegal no Vale do Javari, e Dom porque estava com ele no momento do ataque.
Amarildo da Costa de Oliveira e Jeferson Lima, assassinos confessos, estão em presídios federais. Assim como Oseney de Oliveira, acusado de participar das execuções. Eles depuseram para a Justiça Federal em maio, mas o Tribunal Regional Federal mandou refazer os depoimentos para que sejam incluídas testemunhas de defesa.
No domingo (4), a repórter Sonia Bridi trouxe novas informações sobre o caso no Fantástico. A polícia gravou uma conversa entre Ruben Villar, suspeito de ser mandante do crime, e Amarildo da Costa. Eles dividiram cela por algum tempo. Segundo a polícia, na conversa, Ruben Villar pediu a Amarildo que não revelasse que foi ele, Ruben Villar, quem forneceu a munição usada para matar Bruno e Dom.
Rubens Villar comandava a pesca ilegal no Rio Javari – auxiliado por Amarildo e por Jânio Freitas de Souza. Jânio foi preso em agosto de 2022, por pesca ilegal.
A polícia aponta que Bruno estava sendo monitorado e que, no dia do crime, Jânio, Amarildo e Rubem Villar tiveram contato por telefone, logo antes e depois da execução.
Os assassinos esperavam por Bruno e Dom no caminho porque teriam sido avisados por Jânio. A Polícia Federal indiciou Rubens Villar e Jânio Freitas de Souza por assassinato e ocultação de cadáver.
Exames confirmaram que Dom levou um tiro nas costelas e que Bruno foi morto pelas costas.
“Esse disparo que deu origem a esses orifícios menores foi efetuado a uma distância aproximada de 6 metros. Então, nós temos aqui representados nesta foto pelo menos dois disparos efetuados aí contra o Bruno”, afirma Jesus Antônio Velho, perito da Polícia Federal.
Uma testemunha disse à polícia que a morte de outro agente da Funai, Maxciel Pereira dos Santos, em 2019, também foi planejada – em uma reunião da qual participaram Jânio, Amarildo e o irmão dele, Oseney, e que Rubén Villar foi o mandante.
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Em entrevista ao Estúdio i, da GloboNews, o presidente da Univaja, Beto Marubo, criticou a atuação das autoridades
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