As taxas dos títulos do Tesouro Direto operam em direções mistas nesta quarta-feira (21), dia em que o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) anuncia a decisão para os juros básicos no Brasil.
A expectativa do mercado já está amplamente precificada. Os investidores esperam manutenção da Selic em 13,75% ao ano e uma sinalização de que o ambiente está propício para queda de juros nas próximas reuniões. Portanto, o comunicado deve ser a parte mais importante do evento de hoje.
Ainda no assunto política monetária, o presidente do Federal Reseve (banco central dos EUA, Fed), Jerome Powell, disse que “quase todos os dirigentes” do Fed “esperam que será apropriado elevar as taxas de juros um pouco mais até o fim do ano”. Powell discursou perante comitê da Câmara dos Representantes hoje pela manhã.
No cenário local, destaque para a aprovação do arcabouço fiscal na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal. O projeto foi aprovado com alterações e, se aprovado em plenário, deverá ser analisado novamente pela Câmara dos Deputados, que só vai apreciar o texto novamente no início de julho, segundo o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL)
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As taxas oferecidas por títulos do Tesouro Direto tinham movimentos mistos poucas horas antes da decisão do Copom. Entre os prefixados, o título mais curto, com vencimento em 2026, entregava rentabilidade anual de 10,55% contra 10,50% no fim da sessão de ontem. Já o juro do Tesouro Prefixado 2029 caía de 10,94% para 10,91%, enquanto o Tesouro Prefixado 2033 pagava 11% ao ano ante 11,11% ontem.
Nos títulos de inflação, o Tesouro IPCA+ 2029 entregava rentabilidade real de 5,31% ao ano contra 5,29% ontem. Já o papel com vencimento em 2045 pagava 5,61% ao ano ante 5,63% na véspera. O juro do Tesouro IPCA+ 2040 estava estável em 5,48%, enquanto a rentabilidade do Tesouro IPCA+ 2032 subia para 5,32% para 5,33%.
Confira os preços e as taxas dos títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto na tarde desta quarta-feira (21):
Arcabouço fiscal
O parecer do Senador Omar Aziz (PSD-AM) aprovado pela Comissão de Assuntos Econômicos do Senado traz mudanças em relação à versão aprovada pela Câmara dos Deputados, com a ampliação do rol de exceções à regra que estabelece um limite para o crescimento das despesas públicas de um ano para o outro − movimento que já havia sido anunciado pelo parlamentar.
Pelo parecer, ficariam fora do novo “teto”: 1) as despesas referentes à complementação da União ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb); 2) as transferências constitucionais da União ao Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF); e 3) as despesas com ciência, tecnologia e inovação.
Hoje pela manhã, o presidente do banco central dos Estados Unidos, Jerome Powell, deu sinal claro de que o aperto monetári deve continuar no país. Ele disse que a inflação “continua bem acima de nossa meta de longo prazo de 2%”. Ainda afirmou que a inflação “desacelerou um pouco desde meados do ano passado”, mas acrescentou que as pressões inflacionárias “continuam elevadas”, e que o processo de levar a inflação de volta à meta “tem um longo caminho pela frente”.
Ainda segundo o presidente do Fed, o mercado de trabalho “continua apertado”. A autoridade comentou que levará tempo, porém, para todos os efeitos do aperto monetário serem sentidos, “especialmente sobre a inflação”.
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