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Galípolo diz que ajudará “em ponte” entre Banco Central e Fazenda

O ex-secretário-executivo do Ministério da Fazenda e indicado à diretoria de Política Monetária do BC (Banco Central), Gabriel Galípolo, afirmou na 5ª feira (22.jun.2023) que seu papel deve ser de “interlocução” e de “ajudar na ponte” entre a equipe econômica do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a autarquia monetária.

“A escolha de alguém que talvez seja a pessoa que tem o diálogo mais próximo especialmente com o presidente [do BC] Roberto Campos [Neto] e com outros diretores do Banco Central simboliza um desejo de tentar construir uma ponte e aprofundar esse diálogo e tentar retirar ruídos e tentar ter uma harmonia maior”, disse em entrevista ao programa “Economia Pra Você” da BandNews.

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Na 3ª (20.jun), o economista de 41 anos deixou o posto de número 2 da Fazenda depois de ter sido indicado em maio por Haddad para a diretoria do BC. O chefe da equipe econômica justificou a decisão dizendo que o auxiliar é “nome de confiança” do mercado financeiro. Também disse que o nome foi sugestão de Campos Neto.

Entretanto, Galípolo ainda precisa ter seu nome aprovado pelo Senado. Na 4ª feira (21.jun), congressistas adiaram a sabatina que inicialmente estava marcada para 5ª (27.jun). Agora, será realizada em 4 de julho. Também participa o indicado para a diretoria de Fiscalização, Ailton Aquino.

Na entrevista, o economista foi perguntado sobre a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) de manter na 4ª feira (21.jun) a taxa básica, a Selic em 13,75% ao ano pela 7ª vez seguida. Em resposta, afirmou que, para ele, “é uma situação bastante delicada” fazer comentário sobre as decisões do colegiado por ter sido indicado a diretoria do BC e por ainda aguardar a sabatina no Senado.

“Vale a pena esperar a ata [da reunião] […] O tema passa muito mais pela leitura do comunicado e o quanto ele vai na linha ou frustrou uma expectativa da abertura de porta”, disse.

O ex-número 2 da Fazenda também voltou a defender o posicionamento por Haddad de que a política monetária e a política fiscal devem caminhar na mesma direção. Segundo o economista, “são 2 braços do mesmo organismo e devem estar sintonizados na mesma direção”.

“Durante muito tempo no Brasil e não é uma questão de um governo, é uma questão estrutural a gente tem uma política monetária e uma política fiscal que vão muitas vezes vão em direções opostas”, declarou.

Eis abaixo outras declarações do economista: 

  • marco fiscal: “A democracia é o valor maior. Isso significa que a vontade da sociedade sobre qual é o desejo de sociedade que pretendemos ter saiu das urnas e foi eleita para o Poder Legislativo e para o Poder Executivo. A construção do arcabouço e do novo regime foi uma construção sobre essa lógica de que o que a gente precisa fazer é dialogar com os diversos interlocutores que estão envolvidos para tentar construir uma regra fiscal que reflita a composição política que saiu das urnas.”
  • contas públicas: “Na verdade, o que nós estamos é cortando gastos tributário. E gasto é gasto. Não deveria ter um patamar diferente do ponto de vista de entender que um é corte de gastos e outro não quando eu retiro algum tipo de subsídio e subvenção para um setor ou para uma empresa versus um corte no Bolsa Família, por exemplo.” e “A gente está tentando trocar os lombos dessa vez. O ajuste, ou seja, o saneamento das contas públicas não será feito a custa dos mais pobres, do Bolsa Família, do Farmácia Popular, do Minha Casa, Minha Vida, do salário mínimo. Não vai ser encima disso que vai ser feito porque nós tem ali R$ 600 bilhões de gastos tributários que precisam ser discutidos.”
  • posicionamento econômico: “Sempre foi essa dificuldade de tentar me enquadrar em um rótulo, vamos dizer assim, porque eu tenho uma produção acadêmica com professores quem tem um pensamento mais progressista, vamos chamar assim, e simultaneamente tenho um histórico de trabalho no mercado financeiro com parceiras público-privadas, concessões e até privatizações.”
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