Castro vai embora porque é impossível competir com a grana saudita

Esta semana, publicamos aqui um desabafo de John Textor, gestor do Botafogo, falando sobre a ganância dos endinheirados clubes sauditas, para contratar profissionais de futebol em todo o mundo.

Textor reclamava da proposta feita ao técnico Luis Castro, cujos valores só agora foram revelados: salário anual de 6 milhões de euros (R$ 31,7 milhões) anual, livres de impostos, além de uma mansão de 2,5 milhões de euros (R$ 13 milhões).

Fica realmente difícil de competir com eles. Mas é bom lembrar que este não é um problema recente. Em 2007, por exemplo (ou seja, 16 anos atrás), Silvio Berusconi, que na época era o dono do Milan, fez três importantes advertências ao mundo do futebol:

1)- “Vejo que a Série A (liga italiana) está regredindo cada vez mais. A Premier League (Inglaterra) será a liga número um em pouco tempo.Não temos dinheiro como eles. O que oferecemos?  Qual é o nosso apelo?  Se o governo não intervir, seremos a terceira Liga. Na Inglaterra, as crianças pequenas estão sendo incentivadas a jogar futebol e o governo está financiando categorias de base apartir dos 10 anos;

2)- “Eles também estão fazendo isso na Alemanha. O governo fornece fundos para matricular crianças nas categorias gratuitamente”;

3)- Apesar de tudo isso, quando os árabes chegarem no futebol ninguém terá mais saída. Não há infraestrutura nem estádios novos na Italia. Estamos 30 anos atrasados. Há tanta força econômica naquela área que eles (os sauditas)definitivamente não param.  Com certeza vão entrar no mundo do futebol porque é o maior negócio e dá mais visibilidade”.

É exatamente essa a preocupação e o motivo do desabafo de John Textor. Impossível competir com os sauditas.

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