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Aplicativo calcula horas de frio e ajuda agricultores a planejar cultivos no Paraná


A ferramenta mostra quantidade de horas de temperaturas baixas por período. Aplicativo calcula horas de frio e ajuda agricultores no Paraná
No campo, uma informação simples, que concentra horas de temperaturas baixas, pode multiplicar a produção rural. Agora, o dado é acessível na palma da mão, em um aplicativo para celular.
A ferramenta recém-lançada pelo Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR) tem ajudado produtores de frutas que dependem essencialmente do clima no estado, como pêssego e ameixa.
É o caso do produtor Gilberto Olchel, de Araucária, Região Metropolitana de Curitiba. Ele tem 15 hectares de pomares e as temperaturas baixas do inverno são essenciais para definir a próxima safra das frutas.
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“Hoje, temos que contar com a tecnologia para certas tomadas de decisão lá na frente, e não tomarmos uma decisão em cima [da hora], tem que tomar antes. E com esse aplicativo, conseguimos tomar algumas decisões antes para melhorar a qualidade da fruta e a produtividade”, diz Olchel.
O aplicativo calcula quantas horas de frio o estado teve em cada período – informação muito importante para que os produtores possam se planejar para a floração equilibrada das árvores frutíferas.
Aplicativo calcula horas de frio e ajuda agricultores no planejamento de cultivos no Paraná
Foto: Freepik
“Produtores de frutas de clima temperado têm necessidade de fazer o monitoramento de horas de frio para realizar práticas, manejos agrícolas, que envolvem a aplicação de produtos químicos para quebra da dormência dessas culturas”, explica Pablo Ricardo Nitsche, pesquisador em agrometeorologia do IDR.
Ao saber com precisão o acúmulo de horas de frio, o produtor pode decidir se será ou não necessário intervir no pomar com produtos para melhorar a safra. Na propriedade de Gilberto Olchel, as informações do aplicativo foram essenciais na tomada de decisão.
“Temos uma previsão de usar uma certa quantidade daquele insumo e aí adquirimos mais, porque como o inverno tem sido menos rigoroso, teremos que usar outras ferramentas para fazer aquela planta florescer melhor, mais uniforme”, afirma Olchel.
“À medida em que o produtor consegue monitorar a quantidade de frio que a natureza está fornecendo e isso atinge a necessidade da planta, ele não precisa fazer essa aplicação de produtos químicos. O produtor economiza e o consumidor também tem um produto e um meio ambiente mais favoráveis, com menos agrotóxicos e isso se reflete em uma qualidade melhor de frutas”, explica Nitsche, do IDR.
Ameixas, por exemplo, precisam de pelo menos 150 horas de temperaturas abaixo de 7°C no outono. Como a estação não foi tão rigorosa, a tecnologia auxiliou para que, em dezembro, a fruta chegue bem saborosa às prateleiras.
“Você já começa com o pé direito, já fazendo o inicial bem feito. Depois, para frente, existem outras ferramentas que serão utilizadas para ter uma boa safra. E muito vai depender do clima, que não tem como controlar”, afirma Olchel.
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