Fernando Ikeda Piona, de 45 anos, foi atropelado em Araçatuba (SP) pelo pecuarista Marco José Rodrigues de Sanches Valente Cintra. Medida é prevista em lei e encerra o caso sem abertura de processo judicial pelo crime de homicídio culposo na condução de veículo. Motociclista morreu atropelado em Araçatuba
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Um acordo determinou a suspensão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) do pecuarista investigado por provocar a morte de um sushiman, em Araçatuba (SP). Marco José Rodrigues de Sanches Valente Cintra também fazer pagamentos a um asilo e indenizar a filha da vítima.
O acidente ocorreu na madrugada de 11 de janeiro de 2020, na avenida da Saudade. Na época, o pecuarista foi à boate e voltava para a casa quando bateu o carro de luxo na moto que Fernando Ikeda Piona pilotava.
Segundo o inquérito, a vítima foi arrastada e o motorista fugiu sem prestar socorro. Contudo, ele foi identificado e prestou depoimento à Polícia Civil.
Pecuarista suspeito de provocar acidente que matou motociclista presta depoimento
A medida judicial é prevista em lei e encerra o caso sem abertura de processo judicial pelo crime de homicídio culposo na condução de veículo, ou seja, sem intenção, que foi a conclusão do inquérito policial.
Apesar de haver indícios, polícia e Justiça não conseguiram comprovar se o motorista ingeriu bebida alcoólica antes da colisão, pois ele se apresentou às autoridades dias após o acidente. Isso enfraqueceu uma eventual denúncia por homicídio doloso, que poderia levá-lo a júri popular.
Motorista e carro envolvidos no acidente foram identificados
Arquivo pessoal
No acordo entre Ministério Público e advogados de defesa, o pecuarista pagará um salário mínimo durante 36 meses a um asilo da cidade e teve a carteira de motorista suspensa por um ano, punição que começou a valer em maio. Na esfera cível, ficou acertado o pagamento de uma indenização à filha da vítima, hoje com 14 anos.
Se o pecuarista descumprir as cláusulas do acordo, o trato é desfeito e ele pode responder judicialmente pelo crime de homicídio culposo, sujeito a pena de até 4 anos de prisão.
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