A polícia civil de Santos, no litoral de São Paulo, está avançando nas investigações do episódio de vandalismo registrado na noite da última quarta-feira (6), após o rebaixamento do Santos Futebol Clube para a Série B do Campeonato Brasileiro.
A delegada do 2º Distrito Policial da cidade, Deborah Lázaro, que está à frente do caso, informou à CNN que quatro pessoas que participaram da ação já foram identificadas e estão sendo investigadas pelos policiais, que seguem em constante monitoramento de possíveis suspeitos.
As identidades dessas pessoas, que devem ter um pedido de prisão expedido futuramente, ainda não podem ser reveladas para não atrapalhar o trabalho da polícia.
Um inquérito policial foi instaurado na quinta-feira (7) e a investigação está sendo conduzida com o apoio da Delegacia Seccional de Santos.
Os investigadores analisam imagens da ocorrência, incluindo alguns vídeos divulgados pela imprensa. A identificação dos vândalos também é feita com base em pesquisas criminais, nos registros da polícia.
Quando concluída a investigação, os indiciados poderão responder por dano ao patrimônio, furto, além de outros crimes relacionados a torcedores.
“O caso é muito complexo e os policiais estão trabalhando incansavelmente”, explicou a delegada, que admite que a apuração dos fatos pode levar alguns dias ainda. Segundo ela, muitas oitivas já foram realizadas e o Santos Futebol Clube tem colaborado com a autoridade policial.
Relembre o caso
Na noite da última quarta-feira (6), 11 policiais ficaram feridos e seis ônibus foram incendiados durante a confusão que tomou conta do entorno da Vila Belmiro, após o rebaixamento do Santos, clube que dá nome à cidade do litoral paulista.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP), a Polícia Militar foi acionada para conter atos de vandalismo de torcedores revoltados com o resultado da partida. A confusão começou ainda dentro do estádio, com um conflito entre a PM e membros da torcida organizada do Peixe, que arremessaram garrafas, pedras e fogos de artifício.
A Prefeitura de Santos afirmou que além dos seis ônibus da frota municipal que foram queimados, outros quatro foram depredados. Além disso, quatro linhas intermunicipais foram danificadas e oito carros que estavam na região foram vandalizados. A administração municipal disse que os coletivos já estão sendo substituídos por veículos reservas para não prejudicar a população.
Ainda de acordo com a Prefeitura, a UPA Central da cidade realizou o atendimento de dez pessoas que estavam nas imediações da Vila Belmiro, mas não houve registro de nenhum caso grave. Todos foram liberados após receber assistência na unidade de saúde, que fica próxima do estádio.
Segundo inquérito foi aberto
A polícia civil instaurou um inquérito paralelo para investigar um tumulto ocorrido durante as eleições presidenciais do Peixe, no último sábado (9). Integrantes de uma torcida organizada tentaram invadir o ginásio do clube para ameaçar o presidente do Conselho Deliberativo, Celso Jatene.
O pleito terminou com a vitória de Marcelo Teixeira, eleito pela sétima vez para presidir o Alvinegro Praiano no triênio entre 2024-2026.
Durante a confusão, um homem foi preso e autuado em flagrante pelo 2º DP de Santos. A partir do depoimento do detido, outros suspeitos podem ser identificados.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Polícia civil monitora suspeitos de vandalismo após rebaixamento do Santos no site CNN Brasil.
