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Marta demorou para avisar Nunes que deixaria prefeitura para apoiar Boulos, dizem interlocutores

A ex-secretária de Relações Internacionais de São Paulo Marta Suplicy demorou para avisar oficialmente o prefeito Ricardo Nunes (MDB) sobre seu plano de deixar o cargo para apoiar a candidatura de Guilherme Boulos (PSOL), de quem deverá ser vice, segundo avaliação de interlocutores do prefeito ouvidos pela CNN.

A ex-secretária foi exonerada após uma reunião no gabinete de Nunes, na terça-feira (9), em um encontro que selou sua demissão.

Apesar da demora, tanto Marta quanto a prefeitura informaram, por meio de comunicados oficiais, que a demissão foi de comum acordo.

As notícias sobre uma aproximação entre Marta e Boulos chegaram a Nunes ainda em 2023.

Segundo fontes ouvidas pela reportagem, já em meados de dezembro, o prefeito teria questionado Marta sobre o tema, mas não teria sido respondido pela então secretária.

A CNN procurou a assessoria de Marta Suplicy sobre a conversa entre a prefeita e Ricardo Nunes e aguarda resposta.

Encontro com Lula

O estopim para a saída da ex-prefeita foi o encontro que Marta teve com Lula (PT), na segunda-feira (8), no Palácio do Planalto, em que decidiu ser vice na chapa formada com Guilherme Boulos (PSOL), principal rival de Nunes na corrida eleitoral.

“Ela disse que aceitou, que havia conversado com o presidente Lula, que havia aceito”, respondeu o prefeito nesta quarta-feira (10), ao ser questionado por jornalistas sobre o que Marta teria dito em relação à formar chapa com o atual deputado federal.

Marta elaborava estratégia eleitoral com Nunes

Além de secretária de Relações Internacionais, Marta atuava como uma espécie de conselheira de Ricardo Nunes.

De acordo com fontes, a ex-prefeita fazia parte da elaboração da estratégia eleitoral de Nunes para a reeleição.

Questionado por jornalistas sobre porque Marta demorou para avisar sobre sua intenção, Nunes afirmou: “Eu queria saber também, mas enfim, página virada”.

“A gente conversou, e da forma que tem que ser. Eu queria deixar claro que eu fiz o que era correto: chamar e conversar”, acrescentou.

O prefeito ainda ressaltou que não classifica a decisão de Marta como traição. “Não, não. A palavra é muito forte, eu não atribuiria uma palavra dessas à prefeita Marta. Ela tem o seu trabalho, tem a sua história”, afirmou.

Ainda no início de sua fala, o prefeito disse que sua relação com Marta é “boa”. “Foi secretária durante três anos de governo, fez um bom trabalho. São decisões que as pessoas tomam e eu respeito.”

Este conteúdo foi originalmente publicado em Marta demorou para avisar Nunes que deixaria prefeitura para apoiar Boulos, dizem interlocutores no site CNN Brasil.

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