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Confira os principais pontos de comércio popular do país no Carnaval

Nos momentos que antecedem o carnaval, os foliões começam a planejar suas fantasias e acessórios para o festejo. Para isso, os principais mercados populares do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Bahia prometem ganhar impulso nas vendas e a economia ferver nesta época do ano.
No Rio de Janeiro, o principal local para a compra de fantasias e acessórios carnavalescos é o Saara, no Centro, que é composto por mais de 1.200 lojas.
A Sociedade de Amigos das Adjacências da Rua da Alfândega nada mais é que uma associação formada por comerciantes que atuam nas proximidades do local. O termo Saara é usado para se referir à região abrangida por essa associação.
O local, portanto, abriga diversas lojas especializadas em artigos populares. No Carnaval, as vendas ficam mais coloridas, com toda atmosfera que esta época representa. Por lá, são encontrados vários tipos de acessórios, fantasias, roupas e produtos ligados diretamente à festa.
Essa região foi ocupada, no início do século XX, por imigrantes muçulmanos, judeus e cristãos maronitas provenientes do Império Otomano, que estavam em processo de desintegração. Por esse motivo, uma das principais ruas da região, a Rua da Alfândega, recebeu o apelido de “Rua dos Turcos”.
A partir de 1962, por causa das ameaças de demolição das casas da região por conta de projetos urbanísticos, os comerciantes da área formaram a Sociedade de Amigos das Adjacências da Rua da Alfândega. O objetivo era defender a manutenção das características urbanísticas da região.
A Sigla SAARA passou a ser utilizada pela população para se referir à região por ela abrangida, que passou a ser um ponto de referência em comércio popular na cidade.
Entre as ruas da região, destacam-se a Uruguaiana, a da Alfândega, a Buenos Aires e a República do Líbano. O Mercado Popular da Rua Uruguaiana foi inaugurado em 1994 pelo prefeito César Maia para dar melhores condições de trabalho aos vendedores informais que já ocupavam a área.
Além do comércio da região, o Central de Atendimento da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) também é localizado na Rua da Alfândega.
A Estácio de Sá, em 1994, desfilou com o enredo sobre o Saara no Grupo Especial do Carnaval do Rio de Janeiro. No entanto, mesmo depois de ter sido campeã dois anos antes, a escola apresentou muitos problemas em sua apresentação, com um dos maiores buracos já vistos na história da Marquês de Sapucaí. A agremiação ficou em 13ª lugar.
Outro ponto de comércio de fantasias e acessórios de carnaval no Rio de Janeiro é o Mercadão de Madureira, localizado na Zona Norte da cidade. Ele fica situado entre a avenida Ministro Edgard Romero e a rua Conselheiro Galvão. É o maior da cidade e um dos maiores da América Latina, tendo 16 galerias e mais de 580 lojas.
Ele teve início como feira agrícola em 1914 e ficava localizado onde é a quadra do Império Serrano. Era um ponto de produtos agropecuários, porém quinze anos depois, em 1929, uma obra de ampliação fez com que a feira livre se tornasse o maior centro de distribuição de alimentos do subúrbio.
Em 1949, foram construídos mais 26 boxes para distribuição direta de mercadorias dos produtores à população. Desde 1959, quando o então presidente Juscelino Kubitschek inaugurou o Grande Mercado de Madureira se estabeleceu como principal polo comercial da Zona Norte.
Nos anos 2000, um grande incêndio atingiu o Mercadão de Madureira. O local passou por uma grande reforma de modernização. Em 5 de outubro de 2001, o Mercadão de Madureira reabriu as portas ganhando mais espaço entre seus corredores, escadas rolantes e um sistema de ar condicionado.
O Mercadão de Madureira recebeu em 2013 o título de Patrimônio Cultural do Povo Carioca, consolidando seus mais de 100 anos de tradição como o maior centro de distribuição de alimentos do subúrbio do Rio.
O União do Parque Curicica apresentou o Mercadão de Madureira como enredo em 2003. Na época, a escola estava no então Grupo B (terceira divisão) e ficou na quinta colocação.
Na cidade de São Paulo, o principal ponto de compras de fantasias é a Rua 25 de março, onde constitui o maior centro comercial da América do Sul. Um dos mais movimentados centros de compras varejistas e atacadistas da cidade.
A origem está ligada a importantes processos de colonização e urbanização da capital paulistana, sendo uma importante região para a história da cidade devido às suas atividades comerciais e sociais. A rua também é marcada pela forte presença de imigrantes, especialmente sírios, libaneses e chineses.
O nome da rua foi um criado pelo deputado Malaquias Rogério no ano de 1865, como uma homenagem à primeira constituição brasileira, assinada no dia 25 de março de 1824. Atualmente, movimenta bilhões de reais por ano nos mais de 4800 estabelecimentos da região
O comércio local é conhecido pelo alto volume de barracas de ambulantes que disputam espaço com as lojas comerciais, shoppings e galerias. Esses estabelecimentos ofertam os mais diversos produtos tanto nacionais quanto importados.
Os primeiros comerciantes documentados a chegar na região para desenvolver atividades foram os árabes. O rio Tamanduateí era uma das principais entradas de mercadoria na região. As cargas importadas saiam do Porto de Santos e chegavam ao Porto Geral. Esse último se encontrava próximo do Pátio do Colégio, os dois vizinhos à rua.
Apesar de sofrer perseguições, no final da década de 1930, os imigrantes sírio-libaneses já possuíam mais da metade dos estabelecimentos comerciais de varejo e atacado na cidade de São Paulo, sendo mais conhecidos pelo trabalho com a Indústria têxtil.
Os produtos nacionais ganham força na 25 de Março a partir dos anos 70 e os produtos importados são reintroduzidos no mercado nos anos 1980. Os maiores exportadores são China e Paraguai, que fazem sucesso até os dias atuais. Em 1990, o comércio se aproxima mais da informalidade e crescem os números de camelôs para competir com os produtos de baixo preço.
O fenômeno da globalização no século XXI trouxe mudanças para a dinâmica comercial da rua 25 de Março. A importação de produtos aumentou de maneira relevante. Containers cheios de mercadoria chegam ao Brasil e são vendidos a uma grande massa de consumidores. A rua recebe mais de 1,2 milhão de pessoas por dia.
Em 2007, a Camisa Verde e Branca fez uma homenagem à rua 25 de Março na segunda divisão do carnaval paulistano. A tradicional escola foi vice-campeã e conseguiu retornar à elite da festa.
Um dos maiores carnavais do Brasil é o de Salvador. A compra de fantasias e acessórios na capital baiana acontece no Mercado Modelo, que é voltado ao artesanato e foi inaugurado em 2 de fevereiro de 1912. Desde 1971, ocupa o prédio da antiga Alfândega, situado no bairro do Comércio, uma das zonas mais antigas e tradicionais do local.
É uma importante atração turística, visitada por 80% dos turistas da cidade. Fica diante da Baía de Todos os Santos, é vizinho do Elevador Lacerda e do Centro Histórico (que inclui o Pelourinho). Tem uma arquitetura do estilo neoclássico e a edificação é tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
Os 8.410 metros² e dois pavimentos, abrigam 266 lojas que oferecem a maior variedade de artesanato, presentes e lembranças da Bahia. Conta com dois dos mais tradicionais restaurantes de culinária baiana, o Maria de São Pedro, com oitenta anos de existência, e o Camafeu de Oxóssi.
O Mercado Modelo foi criado em virtude da necessidade de um centro de abastecimento na Cidade Baixa de Salvador. Entre a Alfândega e o largo da Conceição, constituía-se em um centro comercial onde era possível adquirir itens variados. 
O abastecimento do mercado era servido pela rampa que leva o seu nome, antigo porto dos saveiros que atravessavam a baía de Todos os Santos.
Em 1º de agosto de 1969, o mercado foi vítima do mais violento incêndio de sua história. A partir de 2 de fevereiro de 1971, passou a ocupar o edifício da 3.º Alfândega de Salvador, uma construção em estilo neoclássico do século XIX, tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
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