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Aumento de casos de dengue faz disparar busca por vacinas na rede privada

A escalada dos casos de dengue no país, no mês de janeiro, provocou uma corrida pela vacina em estabelecimentos privados que já ofertam, desde o ano passado, o imunizante Qdenga, produzido pela farmacêutica Takeda.

A busca pela vacinação em laboratórios e farmácias cresceu exponencialmente em diversas regiões do Brasil, segundo as empresas consultadas pela CNN. Todas as empresas ouvidas relataram aumento recente nas vendas. Em alguns casos, a procura cresceu acima dos 100%.

As doses disponíveis na rede privada são as mesmas que serão disponibilizadas no Sistema Único de Saúde (SUS) para o público elegível, de crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos.

O imunizante foi incorporado ao SUS em dezembro do ano passado, tornando o Brasil o primeiro país do mundo a oferecê-lo no sistema público universal. As primeiras doses chegaram ao país em 20 de janeiro.

De acordo com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, a pasta aguarda a tradução da bula para distribuir vacinas aos estados. A expectativa é que a imunização comece na próxima semana.

Vacinação em Farmácias

Desde o ano passado, o imunizante é oferecido em redes de farmácias brasileiras.

Nas unidades da Raia e Drogasil, a procura pela Qdenga subiu 480% entre novembro de 2023 e janeiro deste ano em todo o país. Cada dose custa R$ 349,90 e a prescrição médica é obrigatória para ser vacinado.

A vacina também é vendida nas unidades da rede Pague Menos e Extrafarma de 15 estados em todas as regiões brasileiras. O grupo viu as vendas do imunizante crescerem 200% em janeiro. Não é necessário agendamento para receber as doses. Cada aplicação custa R$ 363,00.

Imunização em laboratórios

A vacina contra a dengue fabricada pela Takeda está disponível nas unidades laboratoriais do Grupo Fleury, que detém marcas como a+ Medicina Diagnóstica e Hermes Pardini. A procura pelas doses teve aumento de 80% no mês de janeiro em relação a dezembro de 2023 nas unidades do país. Cada dose custa entre R$ 400 e R$ 470,00.

Na rede Dasa, que comanda laboratórios como Alta Excelência Diagnóstica, Lavoisier Laboratório e Imagem e Delboni Medicina Diagnóstica, foi percebido um aumento de 300% na busca pela vacina. A companhia não informou o valor cobrado pelas doses. De acordo com a empresa, a maior demanda está em Minas Gerais e nos estados da região Centro-Oeste.

Segundo o Ministério da Saúde, Distrito Federal, Minas Gerais e Acre são as unidades da federação onde há maior incidência da doença, quando são analisados o número de casos a cada 100 mil habitantes

Quando tomar a vacina

Apesar da corrida pela vacina observada na rede privada, a vacinação é recomendada a todos os brasileiros em qualquer época do ano, pois não se trata de uma imunização sazonal, segundo o Infectologista e vice-presidente da Sociedade Brasileira Imunizações (SBIm), Renato Kfouri.

São recomendadas duas doses com intervalo de três meses entre elas. A imunização é conferida um mês após a segunda aplicação.

O especialista acredita que as pessoas que tomarem a primeira dose entre janeiro e fevereiro só estarão imunes à doença a partir de maio, quando o período de maior número de casos deve já ter passado. A proteção será válida para o pico de casos do ano que vem.

Quem deve se imunizar

De acordo com a bula, a Qdenga pode ser aplicada em pessoas de 4 a 60 anos de idade. O imunizante não é recomendado a alguns grupos, como pessoas imunodeprimidas, gestantes, lactantes, pacientes com febre ou alérgicos a algum componente da vacina.

Situação epidemiológica

Até o dia 31 de janeiro, o Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde contabilizou 243.721 casos prováveis de dengue em todo o país neste ano.

No primeiro mês de 2024, 24 pessoas morreram em decorrência da doença no Brasil. Outros 163 óbitos suspeitos seguem em investigação.

Segundo o Ministério, o Distrito Federal concentra o maior número de mortes confirmadas por dengue, com sete óbitos. Minas Gerais vem em seguida com 5 mortes. O Paraná já teve quatro vítimas fatais da doença e São Paulo registrou três delas.

Amapá, Bahia, Goiás, Mato Grosso e Santa Catarina tiveram uma morte por dengue registrada em seu território até o dia 31 de janeiro.

(com informações de Guilherme Gama)

Este conteúdo foi originalmente publicado em Aumento de casos de dengue faz disparar busca por vacinas na rede privada no site CNN Brasil.

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