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Veterinário vira ‘terapeuta’ de gatos após adotar felino com síndrome de pica


Guilherme Dornelas, de 33 anos, é morador de Santos, no litoral de São Paulo, e decidiu se especializar em psiquiatria felina. Veterinário de Santos, no litoral de São Paulo, se transforma em ‘terapeuta’ para gatos
Arquivo Pessoal
Um veterinário de 33 anos decidiu se especializar em psiquiatria felina após adotar um gato com síndrome de pica, um transtorno alimentar grave, que faz a pessoa ou animal comer coisas sem valor nutricional, como gelo, papel ou terra. Ao g1, neste domingo (14), Guilherme Dornelas, de 33 anos, contou que acredita que Baguera, como o felino é chamado, ficou dias sem comer antes de ser resgatado. “Quando começava a comer, comia desesperadamente e qualquer coisa”.
“Aos poucos, eu fui inserindo na rotina dele brinquedinhos que ele não conseguia comer, mas que gastava um tempo até conseguir chegar na comida”, explicou o veterinário.
Segundo Guilherme, que é morador de Santos, no litoral de São Paulo, como em qualquer transtorno compulsivo, o tratamento foi estimular o animal a esquecer a compulsão e tirar eliminar ou dificultar o acesso aos elementos mais procurados.
Ele disse, por exemplo, ter lacrado a lata de lixo da casa, onde o Baguera costumava comer os resíduos. O felino chegou a quase precisar de cirurgia para retirar do estômago as substâncias impróprias que ingeria.
Hoje, após o sucesso no tratamento do Baguera e a especializações na área, Dornelas se tornou um “terapeuta” de gatos e auxilia dezenas de felinos, que, assim como os humanos, podem desenvolver transtornos mentais, como ansiedade, depressão e bipolaridade.
Gato Baguera foi o responsável por fazer Guilherme Dornelas se interessar por psiquiatria felina
Arquivo Pessoal
Tratamentos
Dornelas atende à domicílio, o que, de acordo com o veterinário, o ajuda a identificar os problemas na rotina e no ambiente do gato. As mudanças nesses aspectos são as principais causas dos transtornos mentais dos animais.
Para o especialista, a psiquiatria felina é essencial, já que os humanos tiraram os gatos do habitat, que era a selva, e os transformaram em animais domésticos.
“A psiquiatria ajuda a entender melhor a mente daquele gatinho que não fala, mas se comunica de muitas formas. [Os veterinários psiquiátricos] fazem essa tradução para os tutores e tiram a distância desses dois mundos [selvagens e domésticos]”, disse Dornelas.
Além de Baguera, Guilherme Dornelas adotou as gatas Trinity e Miura
Arquivo Pessoal
O veterinário afirmou que, apesar de muitos tutores pedirem por medicamentos, ele só prescreve quando o gato está machucando a si próprio. Dornelas acredita que o melhor tratamento é estimular o felino e enriquecer o ambiente, onde o animal vive. Para isso, os cuidadores precisam atuar em conjunto com o profissional para melhorar a qualidade de vida do gato.
Apesar de ser uma especialidade pouca conhecida no Brasil, Dornelas finalizou que não há uma resistência nos tutores em procurá-lo. Segundo o veterinário, quando o consultam, já estão insatisfeitos com o comportamento dos animais e em busca da solução.
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