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Mãe conta trajetória de criação de filho autista: ‘Ele ressignificou a minha vida’


Karla Carine, que também é mãe de uma jovem de 20 anos, lida diariamente com as dificuldades e prazeres de criar o filho de 10 anos, que foi diagnosticado com o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Além de João Francisco, Karla Carine também é mãe de uma jovem de 20 anos
Paulo Soares/Grupo Mirante
“Ele ressignificou a minha vida”. Assim pode ser definido o amor que Karla Carine de Souza Lindoso Athayde Lima, de 43 anos, tem pelo seu filho, João Francisco Lindoso Athayde Lima, de 10 anos, que desde os sete anos foi diagnosticado com o Transtorno do Espectro Autista (TEA), uma condição caracterizada por comprometimento na comunicação e interação social, associado a padrões de comportamentos restritivos e repetitivos.
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Ela, que também é mãe de uma jovem de 20 anos, conta que lida diariamente com as dificuldades e prazeres de criar o filho. “Educar é uma tarefa difícil e árdua, e associado a tudo isso tem o autismo que limita as vezes esse entendimento do que pode e do que não pode. Mas também o grande barato, alegria e satisfação de se ter um ser humano autista, sobretudo filho, é que você entende que quem está aprendendo somos nós mães. João todos os dias me mostra uma parte da vida que a gente deixa de refletir justamente porque a rotina, o dia a dia nos tolhe. A paciência é o principal aprendizado nesse contexto de limitação”.
Sobre os desafios de cuidar de uma criança autista em tempo integral, Karla revela que alguns já foram superados, como a fala e a interação social, e outros ainda alimentam a sua preocupação, como é o caso da ansiedade do seu filho em relação a situação do dia a dia.
“A beleza dessa ‘luta’ se dá justamente pelos obstáculos que conseguimos passar ao longo dos dias e, as vezes, até ao longo dos anos. Meu filho, que antes tinha dificuldade para se comunicar e se relacionar com as pessoas, hoje já não é mais assim. Em contrapartida, ele ainda precisa superar alguns obstáculos como o medo da chuva, medo do novo. Ele ainda precisa realizar algumas atividades de forma independente”, diz Karla Carine.
Karla Carine é mãe de João Francisco, de 10 anos, que tem TEA, e ela cuida do filho em tempo integral
Paulo Soares/Grupo Mirante
Mas, apesar de algumas dificuldades, que a condição de João Francisco possa impor, Karla garante que ter gerado um filho autista a tornou mais tolerante, paciente e sensível. Segundo ela, o nascimento dele foi uma dádiva, que revelou o conceito máximo e absoluto do amor incondicional.
“João me trouxe mais amor, mais tolerância, mais paciência, mais sensibilidade. Ser mãe de uma criança autista é uma dádiva. Eu me sinto especial por ter trazido ao mundo um ser humano incrível como ele, que é cheio de perspicácia, inteligência, carinho. E filho é filho. A gente ama muito. Eu acho que o que muda quando se tem uma criança especial é que o carinho é dobrado, o cuidado é dobrado. Ele é a minha melhor parte. Ele é o que faltava nas nossas vidas [família]. Ele nos trouxe o conceito máximo e absoluto do amor incondicional e é tão bom ter o meu filho”, finaliza Karla Carine.
Karla Carine garante que ter gerado um filho autista a tornou mais tolerante, paciente e sensível
Paulo Soares/Grupo Mirante
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