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Análise: Príncipe William mostra estilo de liderança em raras intervenções

O príncipe William certamente quer que todos saibam que ele está de volta à linha de frente dos deveres reais, depois de ficar algum tempo longe para apoiar a esposa, Kate, após uma operação em janeiro devido a um problema abdominal não especificado.

Ele tomou várias medidas para consolidar seu retorno, mas o apelo para “ver o fim dos combates o mais rapidamente possível” da guerra entre Israel e o Hamas foi talvez o momento mais poderoso dessa semana.

“Há uma necessidade desesperada de aumentar o apoio humanitário a Gaza. É fundamental que a ajuda chegue e os reféns sejam libertados”, disse William. “Às vezes, é apenas quando somos confrontados com a enorme escala do sofrimento humano que a importância da paz permanente é reconhecida”.

A forte declaração aconteceu antes de vários compromissos que reconheceram o sofrimento humano em relação ao conflito que acontece no Oriente Médio.

Na terça-feira (20), ele visitou a sede do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), em Londres, que tem fornecido uma resposta humanitária à guerra em Gaza. William foi informado sobre as operações na região e conversou com trabalhadores da instituição que prestam assistência de saúde mental a pessoas que sofrem traumas em todo o mundo.

William acompanhou a região de perto desde a sua viagem histórica a Israel e à Cisjordânia em 2018, a primeira de qualquer membro da família real britânica, disse uma fonte da realeza à CNN. Embora o príncipe tenha feito uma declaração logo após os ataques do Hamas em 7 de outubro, foi a “extensão do sofrimento humano que está à mostra” que o levou a fazer a declaração na terça-feira, acrescentou a fonte.

Ele também conversou com funcionários do CICV no sul de Gaza, que disseram à realeza que “não tinham mais palavras para descrever o que estavam vendo e ouvindo”, segundo a agência de notícias britânica PA Media.

Nos próximos dias, ele irá a uma sinagoga para participar de uma discussão com jovens de diferentes comunidades que trabalham contra o ódio e o antissemitismo.

Príncipe William participa de videoconferência com Pascal Hundt, gerente do Comitê Internacional da Cruz Vermelha atuando em Gaza, durante visita à sede da Cruz Vermelha Britânica em Londres / 20/02/2024 Kin Cheung/Pool via REUTERS

William também revelou esta semana uma nova iniciativa habitacional destinada a ajudar a moradores de rua no sudoeste de Inglaterra. Usando terrenos em sua propriedade privada no Ducado da Cornualha em Nansledan, Newquay, e trabalhando com uma instituição de caridade local, ele pretende fornecer 24 propriedades construídas especificamente para apoiar indivíduos na área que têm problemas com a falta de moradia.

Ben Murphy, diretor imobiliário do Ducado, disse que o príncipe de Gales “nos pediu para enfrentarmos o desafio dos sem-teto na Cornualha e em outras áreas onde está localizada a propriedade”.

“Ajudaremos as pessoas a reconstruir suas vidas, com oportunidades de formação e emprego, juntamente com o fornecimento de habitações mais permanentes que estamos construindo”, disse Murphy.

A expectativa é que a construção comece em setembro, com as primeiras casas concluídas no até meio de dezembro.

A abordagem foi inspirada no programa “Homewards” de William, um plano de cinco anos, liderado regionalmente em seis locais do Reino Unido, que ele lançou com a Fundação Real em junho para demonstrar que é possível acabar com os desabrigados.

Uma das ações por si só normalmente teria ganhado as manchetes, mas ambas, uma a poucos dias da outra, mostram que, embora William possa ter ficado brevemente fora dos olhos do público, ele tem trabalhado arduamente nos bastidores.

William, príncipe de Gales, do Reino Unido, acena ao chegar para jantar de gala beneficente da Ambulância Aérea de Londres / 07/02/2024 REUTERS/Hollie Adams

A família real britânica há muito tempo assume uma postura de neutralidade política e geralmente não comenta questões delicadas. Mas isso mudou nos últimos anos, quando a família sente particularmente que não pode simplesmente ficar de braços cruzados – como foi o caso da demonstração de apoio à Ucrânia após a invasão da Rússia há dois anos.

Os passos de William ilustram que ele não tem medo de expor seus pontos de vista sobre assuntos atuais, mas de uma forma que não ultrapasse sua posição real.

Fontes reais disseram à CNN que o governo britânico foi informado pelo Ministério das Relações Exteriores antes da declaração e dos compromissos do príncipe essa semana.

No passado, a família enfrentou críticas por possuir vastas extensões de terra, enquanto muitos lutavam para conseguir moradias acessíveis. William está tentando resolver isso e desenvolvendo uma área sobre a qual passou anos trabalhando para aumentar a conscientização.

As abordagens particularmente francas de William parecem ter repercussão, sendo ambas as iniciativas bem recebidas. Ele está lidando com as questões de maneira um pouco diferente que o pai e que a falecida avó, acompanhando o tempo e refletindo sbore as questões com as quais sua geração se preocupa – que, por fim, será a geração que ele servirá como rei.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Análise: Príncipe William mostra estilo de liderança em raras intervenções no site CNN Brasil.

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