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Rio de Janeiro autoriza enfermeiros a prescrever exames diante da crise de Dengue

Sempre que acontece uma crise de saúde pública, a Enfermagem é a primeira profissão a ser chamada para assumir a linha de frente. É isso o que acaba de acontecer no Rio de Janeiro, onde a Secretaria Estadual de Saúde (SES-RJ) autorizou enfermeiros a solicitar o hemograma de pacientes com sintomas de dengue. Segundo a pasta, o objetivo é agilizar o fluxo de atendimento, para que o paciente já chegue à consulta médica com o exame em mãos.

“A solicitação de exames e a prescrição de medicamentos por enfermeiros, mediante a definição de protocolos baseados nas melhores evidências científicas disponíveis, é uma medida simples e eficiente para resolver a maioria dos gargalos que existem na área da saúde. Portanto, precisa se tornar uma política pública permanente, e não somente em tempos de crise”, opina a presidente do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), Betânia Santos.

Antes da decisão tomada pela SES-RJ, o paciente precisava passar primeiro pela classificação de risco e depois pelo consultório médico, onde seria prescrito o exame de sangue. Somente após o resultado, retornaria à consulta para nova avaliação. Agora, o paciente passará no consultório uma única vez, já com o resultado laboratorial prescrito no acolhimento pelo enfermeiro.

O governo fluminense reconhece a resolutividade desse tipo de autorização, que merece ser acompanhada da devida valorização à categoria. “Essa decisão foi tomada justamente com objetivo de que mais pacientes sejam atendidos em menos tempo, reduzindo a pressão e a sobrecarga na unidade de atendimento”, reconhece a secretária de Estado de Saúde, Claudia Mello.

“O hemograma é um diagnóstico importante para o tratamento da dengue. Além de identificar se o paciente corre risco de hemorragia, auxilia na interpretação médica para saber se houve aumento na quantidade de elementos que combatem a infecção. O paciente já pode começar a hidratar enquanto aguarda o hemograma. Essa agilidade no início do atendimento é fundamental no caso da dengue”, completa a secretária.

Nota técnica
O Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) divulgou nota técnica definindo que o profissional de Enfermagem pode orientar, encaminhar, coletar e registrar dados da forma mais detalhada possível no prontuário do paciente e destacou as competências e as prerrogativas do enfermeiro no atendimento ao paciente com suspeita ou diagnostico com dengue.

A nota destaca que, para o enfrentamento à epidemia de dengue, nas situações de emergência, o enfermeiro está apto a solicitar exames para diagnóstico, controle e acompanhamento e prescrever medicação oral, venosa e outros procedimentos.

Fonte: Ascom Cofen, com informações de Ana Cristina Campos/Agência Brasil

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