‘Quebraram todos os dentes’: suspeito de matar jovem e esconder corpo em tumba é preso

Um dos suspeitos de matar brutalmente um jovem de 24 anos e enterrar seu corpo na tumba de uma família foi preso na quinta-feira (7), em São Joaquim, na Serra catarinense. Conforme a Polícia Civil, o homem de 41 anos cometeu um homicídio quintuplamente qualificado.

Conforme a Polícia Civil, com ele, quatro suspeitos do crime foram presos pelo crime, que ocorreu entre o 5 e 6 de janeiro de 2024.

Segundo o delegado William Sales, da DIC (Divisão de Investigação Criminal), os envolvidos faziam parte da facção PGC (Primeiro Grupo Catarinense) e a morte ocorreu em função de um desentendimento entre a vítima e um dos suspeitos.

“O rapaz [a vítima] ia denunciar um crime tráfico de drogas um dos autores, teria filmado a casa do rapaz durante o ‘corre’ e ameaçou entregar para a polícia”, explicou.

Eles teriam brigado após a ameaça e, no mesmo dia, quando a vítima saía de uma casa noturna foi abordada pelos quatro suspeitos.

“Eles ficaram esperando ele sair e andar alguns metros. Pegaram e bateram muito nele, quebraram todos os dentes da boca. Levaram para o cemitério e lá deram três tiros: um na face, um no peito e um na mão. Aí o colocaram numa com outros cadáveres na tumba de uma família”, detalha o delegado.

De acordo com o delegado, a perícia detectou pólvora em torno das perfurações dos títulos, o que significa que os suspeitos dispararam à queima-roupa, com a arma encostada no rapaz. O corpo da vítima foi jogado sobre o esqueleto dos cadáveres da família dona da tumba.

Suspeito havia fugido duas vezes por matagal e foi preso em tocaia

Conforme a Polícia Civil, o homem preso na quinta-feira tem 41 anos e é suspeito de ter executado a vítima. No entanto, ele não teria sido a pessoa que se desentendeu com o jovem. O homem que brigou com a vítima antes de sua morte foi preso em 6 de fevereiro.

De acordo com o delegado Sales, o suspeito preso nesta quinta estava foragido após não retornar de uma saída temporária da prisão no Réveillon.

Depois da morte do jovem, ele havia fugido duas vezes por matagais. Após a primeira fuga, a Polícia Civil apurou que o homem estava escondido em um sítio há 20km de São Joaquim. Os policiais fizeram a emboscada na quarta-feira (6), mas só conseguiu prender o homem na quinta.

“Quando ele ouviu os carros chegando, ele correu para o mato e fugiu por lá, não conseguimos localizá-lo. Mas com um trabalho de inteligência, soubemos que ele iria para um prédio em São Joaquim. Colocamos policiais de campanha dentro e fora, quando ele apareceu, o prendemos”, explicou o delegado.

A operação que prendeu os quatro homens pela morte brutal do jovem se chama “Campo Santo”. De acordo com Sales, os suspeitos devem responder por homicídio quintuplamente qualificado: por motivo fútil, tortura, emboscada ou traição e para assegurar a vantagem de outro crime.