O PT desistiu do plano de ter a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, como candidata a vice do atual prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), que tentará reeleição em outubro de 2024.
A desistência foi motivada por resistências tanto do atual prefeito da capital fluminense quanto da própria ministra, segundo integrantes do Palácio do Planalto e lideranças petistas ouvidas pela coluna.
Paes deixou claro ao PT que deseja ter como vice um nome de seu grupo político. Isso porque ele pretende deixar o cargo em abril de 2026 para se candidatar ao governo do Rio, o que levará seu vice a assumir a prefeitura.
“A prioridade do PT é a reeleição do Lula em 2026. Precisamos de uma candidatura ampla a governador que amplie as bases do Lula, e essa candidatura é a do Eduardo. Então, não há por que exigir que, além de ser nosso candidato, ele entregue a prefeitura em 2026 para nós com um vice petista”, afirmou à coluna o deputado federal Washington Quaquá (PT), vice-presidente nacional do PT.
Embora o plano para Anielle ser vice tenha sido abortado, lideranças petistas afirmam que a ministra mantém o interesse em se filiar ao PT. Ela já é apontada, inclusive, como candidata a deputada pela sigla em 2026.
Diante da desistência, Anielle deve permanecer como ministra de Lula. Caso fosse ser candidata nas eleições de outubro, ela teria de deixar o cargo no governo até o início de abril, como prevê a legislação eleitoral.
Outro lado
Procurada pela coluna por meio de sua assessoria de imprensa, a ministra da Igualdade Racial não respondeu. O espaço segue aberto para eventuais manifestações.
O nome de Anielle como vice de Paes era defendido por lideranças do PT e pela primeira-dama Janja. Um evento de filiação da ministra à legenda chegou a ser marcado para 23 de fevereiro, mas acabou desmarcado.
