A Justiça marcou para 28 de agosto, às 9h, o júri popular do ex-deputado federal João Pizzolatti. Ele virou réu depois de um acidente de trânsito em dezembro de 2017, na rodovia Werner Duwe, que liga Blumenau a Pomerode, no Vale do Itajaí.
2
Caso de ex-deputado federal João Pizzolatti será julgado em agosto – Reprodução/RICTV Record TV
2
Acidente ocorreu na rodovia Werner Duwe, que liga Blumenau a Pomerode – Reprodução/RICTV Record TV
Pizzolatti enfrentará o Tribunal do Júri pelo crime de tentativa de homicídio. De acordo com o inquérito policial, o ex-deputado tinha “por hábito a direção perigosa de veículos automotores, tanto que só no período de 21/11/2012 a 20/11/2013 somou 86 pontos em 16 infrações de trânsito, em sua grande maioria por ter sido flagrado em excesso de velocidade, motivando a suspensão de sua habilitação”, consta na decisão da 1ª Vara Criminal da Comarca de Blumenau.
O ex-deputado foi preso em 2019 enquanto estava internado em uma clínica de reabilitação para dependentes de álcool e drogas. A Justiça aceitou o pedido de habeas corpus e Pizzolatti aguarda em liberdade desde então, cumprindo medidas cautelares.
A decisão informa ainda que a defesa requereu a desclassificação do crime doloso contra a vida para o de lesão corporal culposa, bem como a absolvição em relação ao crime de embriaguez ao volante. A reportagem do ND Mais procurou o advogado do ex-deputado, Michel Saliba, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto.
Relembre o acidente envolvendo ex-deputado Pizzolatti
No dia 20 de dezembro de 2017, o ex-deputado federal dirigia uma caminhonete Volvo, que bateu de frente com um Fiat Mobi conduzido pelo motorista Paulo Marcelo Santos. Uma caminhonete também atingiu um Hyundai/IX35.
Com a força do impacto, o veículo Fiat Mobi acabou capotando e foi projetado para o outro lado da rodovia e pegou fogo, enquanto o motorista estava preso às ferragens.
Paulo sofreu queimaduras graves e ficou vários meses internado em Joinville. Pizzolatti apresentava sinais de embriaguez no momento da colisão e foi atendido por policiais e bombeiros militares.
Em vídeo gravado por populares na cena do acidente, Pizzolatti aparece confirmando que estava bêbado. No entanto, a defesa alegou que ele estava sob o efeito de medicação. No processo, ele nega que tenha ingerido bebidas alcoólicas.
