• New Page 1

    RSSFacebookYouTubeInstagramTwitterYouTubeYouTubeYouTubeYouTubeYouTubeYouTubeYouTube  

    Social - Repositório

Jonas Bloch traz monólogo “Delírio” e exposição a BH

Na peça, Jonas Bloch interpreta textos de Manoel de Barros em uma narrativa permeada pela poesia e pelo humor

Patrícia Cassese | Editora Assistente

Foi no ano de 2015 que, reverberando a emoção que sempre lhe invadia ao se debruçar sobre a escrita de Manoel de Barros (1916-2014), o ator Jonas Bloch resolveu encenar um espetáculo baseado na obra do poeta, nascido em Cuiabá. Assim nascia “O Delírio do Verbo”. A boa receptividade do público foi o bem vindo incentivo para o belo-horizontino seguir em frente com a empreitada. O que, assim, seguiu-se até 2020, quando o Brasil registrava os primeiros casos da pandemia do novo coronavírus. “Assim, por conta da quarentena, tivemos que interromper (a carreira do) o espetáculo. Daí, fiz alguns filmes e, na sequência (quando a doença já estava de certa forma sob controle, com o avanço da vacinação), resolvi remontar o monólogo, porém, em uma nova versão”.

“Delírio”, como a iniciativa foi rebatizada, tem, por exemplo, mais músicas em relação à montagem anterior. “Do mesmo modo, uma interpretação mais interativa, da mesma forma que mais textos”, explica ele. “Pela reação da plateia, o resultado foi ótimo”, brinda Jonas Bloch, que chega a Belo Horizonte para três novas apresentações do espetáculo. Primeiramente, o monólogo tem sessões às 20h, nesta sexta e no sábado, dias 15 e 16 de março. A última das três sessões acontece no domingo, às 18h. O palco é o do Teatro Feluma.

Talento nas artes plásticas

Mas a nova passagem de Jonas Bloch na capital mineira não tem só como objetivo ratificar o talento do ator nos palcos. Desse modo, ele também vai mostrar um pouco mais da faceta de artista plástico, por meio da exposição “Provocações”. Na verdade, os trabalhos já foram expostos no Rio de Janeiro, Ouro Preto, Sabará e até em Lisboa. Agora, é a vez de Belo Horizonte conferir as aquarelas e nanquins, bem como as esculturas em pedra sabão e em resina.

Ao Culturadoria, Jonas Bloch lembra que iniciou os estudos em Artes Plásticas na Universidade do Brasil, terminando o curso na Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG. “Mas, na verdade, nunca divulguei muito esse meu outro lado, porque a carreira de ator sempre foi muito intensa”, esclarece ele, figura constante em filmes e novelas icônicas. De toda forma, o mineiro não se furta a falar sobre esta vertente. “Meu trabalho (nas artes plásticas) procura apresentar o novo, o que é fora do cotidiano, com imagens do inconsciente. Desse modo, provocando uma quebra do olhar programado dos comportamentos estabelecidos”.

Momentos que ficaram na memória

Voltando a falar sobre “Delírio”, Jonas Bloch afiança: “A reação do público é minha maior alegria”, diz, sobre o feedback aferido no curso de tantos anos dedicados à montagem. Mesmo assim, ele não se furta a destacar, para a reportagem, um momento que o emocionou sobremaneira. “Foi ter a filha de Manoel de Barros presente na plateia de uma das apresentações, feita em um teatro de arena. Assim, no momento dos aplausos, ao fim do espetáculo, ela invadiu o palco e me deu um forte abraço”, rememora, feliz.

À alma

Mas… e quais seriam as palavras de Manoel de Barros que mais calam fundo na alma do artista Jonas Bloch? “Então… Na verdade, cada texto do espetáculo foi escolhido justamente por me tocar de alguma forma. Assim, ‘Maria Pelego Preto’, por exemplo, é um lado político (da obra dele) com o qual me identifico. Do mesmo modo, a definição do Pantanal, é de uma poesia emocionante. E “Parrrede!!”, é muito engraçada”, aponta.

No cômputo geral, Jonas Bloch contextualiza que foi cooptado pela obra de Manoel de Barros já na primeira leitura. “Fiquei encantado e tive vontade de compartilhar com todo mundo”. Para a peça, além do crivo de ter trechos que tocassem sua alma, ele teve o cuidado de selecionar textos “das diferentes faces dos livros dele”. “Assim, ora o texto é poético, ora surrealista. No entanto, sempre com humor e (tal qual) revelador de um encanto pela natureza”. Na mesma medida, complementa o ator, que resvala a aversão ao consumismo e ao mercantilismo.

Trajetória

No momento, além de viajar com “Delírio” (“Ainda neste ano, apresento a peça no Festival de Cuiabá e em outros lugares”), Jonas Bloch está imerso nas gravações da novela “Elas por Elas”, da Globo. “Também fui convidado para atuar em um filme, a ser rodado no segundo semestre, e que tem o mesmo produtor do longa ‘Viva a vida!’, que foi rodado em Israel e será lançado ainda este ano”. Na novela, ele é Petrúcio, pai de Roberto (Cássio Gabus Mendes).

Serviço

Peça “Delírio”, com Jonas Bloch

Recomendação: 14 anos
Temporada: de 15 de março a 17 de março de 2024
Sextas e sábados, às 20h, e domingos às 18h.
Ingressos: R$ 70 (inteira) e R$ 35 (meia-entrada).
Vendas online: Sympla

Bilheteria: sexta, sábado e domingo, nos dias das sessões, a partir de 1 hora antes do espetáculo.

Teatro Feluma | 396 lugares
Alameda Ezequiel Dias, 275
Telefone: (31) 3248-7250

The post Jonas Bloch traz monólogo “Delírio” e exposição a BH appeared first on Culturadoria.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.

Os comentários estão desativados.