O Banco Central (BC) elevou de 1,7% para 1,9% a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2024. A estimativa foi apresentada nesta quinta-feira (28/3), no Relatório Trimestral de Inflação (RTI). No documento, a autoridade monetária diz que os dados já disponíveis para o início deste ano sugerem maior aquecimento da economia.
“O mercado de crédito, que em 2023 registrou desaceleração, dá sinais de recuperação, com aumento das concessões e queda dos juros e da inadimplência. O mercado de trabalho tem mostrado dinamismo, destacando-se a retomada da queda da taxa de desocupação e o crescimento mais forte dos salários”, diz o BC.
A estimativa do BC para o PIB deste ano está abaixo da projeção oficial do Ministério da Fazenda, que é de crescimento de 2,2%. Há expectativa de que essa projeção seja revista para cima, segundo relevado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
“Este ano, nós estávamos projetando um crescimento de 2,2%, mas eu penso que, à luz do aquecimento da economia no começo do ano e da geração de empregos, o Ministério da Fazenda vai ser obrigado a rever, sim, a projeção de crescimento. Portanto, eu acredito que a área técnica vai concluir que o crescimento pode ser, sim, superior a 2,2%”, afirmou Haddad na quarta-feira (27/3).
Além das projeções do BC e da Fazenda, há a projeção do mercado financeiro. Nesta semana, os cerca de 150 analistas do mercado consultados semanalmente pelo Banco Central (BC) elevaram pela sexta vez seguida a projeção de crescimento do PIB do Brasil para 2024.
Segundo a mais recente edição do Relatório Focus, divulgada na terça-feira (26/3), os analistas preveem que o PIB vai crescer 1,85% em 2024.
Em 2023, a economia brasileira cresceu 2,9%, puxada, sobretudo, pela expansão recorde da atividade agropecuária.
