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ESG na mineração é possível (por Felipe Sampaio) 

A cultura de sustentabilidade e justiça social chegou ao andar superior do PIB. A ideia de ESG (em português, Ambiental, Social e Governança) representa a incorporação desses valores ao pensamento central das empresas. A mudança climática e a agenda social estão na prancheta de planejamento dos acionistas e investidores.

Existem alguns setores econômicos que não escapam da má fama quando se trata de impactos ambientais e sociais, como a mineração, o agro e a indústria de defesa. São segmentos produtivos cuja imagem está associada à depredação ambiental.

Barragens que se rompem, rejeitos poluentes, pessoas contaminadas e biomas comprometidos são as primeiras memórias que nos ocorrem, por exemplo, quando pensamos em mineração.

Desde que um hominídeo lascou a primeira pedra, a pegada ambiental da mineração se mostrou incontornável. Daí em diante a demanda por minérios aumentou segundo uma curva exponencial, tornando o desafio da mineração sustentável um esforço de enxugar gelo.

Justiça seja feita, até o séc. XVI, a utilização dos minerais seguia um ritmo razoável para a época, assim como o uso da água, da fauna e da flora como fontes de alimento, abrigo, transporte e energia. Afinal, o planeta parecia infinito, com continentes ainda “por descobrir”, quando a humanidade já completava uns 2 milhões de anos.

Contudo, os avanços tecnológicos em diversos campos do conhecimento fizeram a população mundial triplicar nos 400 anos seguintes. E, com a revolução industrial, saltasse de 1 bilhão no séc. XIX para os atuais 8 bilhões de pessoas.

O incremento populacional vertiginoso foi superado em escala descomunal, não só pelo volume de consumo, como pela diversidade e sofisticação da demanda, anabolizados por um consumismo de proporções pandêmicas, que ainda não dá sinais de desacelerar.

Nesse cenário, os produtos da mineração participam de todas as etapas das mais variadas cadeias produtivas, de todos os bens e serviços utilizados e desejados pela humanidade. A velocidade com que o consumo de insumos minerais decolou não foi acompanhada pelas tecnologias, tampouco pelos estudos, que só recentemente possibilitaram mensurar os desdobramentos climáticos com a dimensão que percebemos hoje.

É bem verdade que nos últimos 50 anos a ciência que trata da questão ambiental alerta para a degradação da natureza com iminência de caos climático. Mas, é verdade também que reverter os motores dessa locomotiva dos mercados globais, que avança sem obstáculos em alta velocidade há 500 anos, não se faz da noite para o dia.

As inciativas de ESG, ao incluir no debate climático o nível de governança superior da economia, representam uma reinvenção nos princípios e valores fundantes do capitalismo contemporâneo, principalmente ao redefinirem o apetite por risco e as expectativas futuras dos fundos de investimentos, seguradoras e bancos.

As mineradoras seguirão a tendência geral, no ritmo e na direção que a sua demanda indicar, a exemplo dos demais setores. Não esqueçamos, nesse processo, que a mineração é a maior provedora de matérias primas para o desenvolvimento humano, seja atualmente, seja no futuro (inclusive em uma economia descarbonizada). Está tudo entrelaçado. O tipo de sociedade que seremos definirá o tipo de mineração que teremos.

 

Felipe Sampaio: cofundador do Centro Soberania e Clima; chefiou a assessoria dos ministros da Defesa e da Segurança Pública; foi secretário-executivo de Segurança Urbana do Recife; atual diretor do SINESP no ministério da Justiça.

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