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Delegado alvo da PF citou Jair Renan enquanto travava investigação do caso Marielle

Giniton Lages é investigado por atrapalhar as investigações do caso Marielle. Foto: reprodução

A Polícia Federal está investigando o delegado Giniton Lajes, por atrasar as investigações do crime contra Marielle Franco, segundo o jornalista Igor Gadelha, do Metrópoles. Ele ficou conhecido por revelar um suposto relacionamento entre um dos filhos de Jair Bolsonaro (PL) e a filha de Ronnie Lessa, que confessou ter executado a vereadora e o motorista Anderson Gomes em 2018.

Na época, o suposto namoro entre Jair Renan e a filha de Lessa foi o argumento usado para explicar as ligações telefônicas entre a casa de Bolsonaro e a residência do assassino de Marielle.

Giniton, mencionado no relatório da PF que embasou a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), teria sido indicado por Rivaldo Barbosa, então chefe da Polícia Civil do Rio, para conduzir as investigações de forma a não revelar os mandantes do crime.

Em 2019, o delegado divulgou à imprensa o suposto namoro entre Jair Renan e a filha de Lessa, mas minimizou sua importância naquele momento, afirmando que seria tratado em momento oportuno.

“Isso tem (o suposto relacionamento entre o filho de Bolsonaro e a filha de Lessa), mas isso, para nós, hoje, não importou na motivação delitiva. Isso vai ser enfrentado num momento oportuno. Não é importante para esse momento”, disse Lages em entrevista em março de 2019.

Jair Renan e Jair Bolsonaro. Foto: reprodução

Mais tarde, foi revelado que Jair Renan, filho 04 do ex-presidente, foi quem teve o relacionamento com a filha de Lessa. Contudo, Jair Renan não foi mencionado nas investigações pela PF, que apontaram apenas o senador Flávio Bolsonaro como citado no relatório.

Para os investigadores, Giniton poderia ter mencionado o namoro para desviar o foco dos mandantes da morte de Marielle, apontados pela PF como os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, presos recentemente.

No relatório de Moraes, Lages é apontado como responsável por garantir a impunidade dos autores do crime. Embora não tenha sido preso, o delegado foi alvo de busca e apreensão, afastado de seus cargos e obrigado a usar uma tornozeleira eletrônica.

“Posteriormente à execução dos crimes, Rivaldo, que passara a ocupar a função de Chefe de Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ) indicou o delegado Giniton Lages para as investigações, ajustando com a autoridade policial que as investigações deveriam ser dirigidas de forma a não revelar os mandantes do crime”, diz o relatório de Moraes.

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