Até agora, no mês de março, a chuva em Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, chegou aos 500 mm, quando o esperado pela Defesa Civil era um acumulado bem menor, de 300 mm. Somente em 24 horas (das 9h do dia 22 até o mesmo horário do dia 23) choveu o que era esperado para todo o mês.
“A maior parte desses 500 milímetros caiu, na verdade, na última semana. Isso fez com que tivéssemos mais de mil ocorrências registrada na Defesa Civil em uma semana. O dado triste destas chuvas foi a perda de quatro pessoas, o que deixou todos nós muito tristes. Mas, do ponto de vista estrutural, para a quantidade de chuva que tivemos, a cidade se portou muito bem”, disse o secretário de Defesa Civil, Rafael Simão.
Para abril, a previsão é de que o mês comece com sol na região, o que favorece as obras de contenção que estão em andamento.
Desde fevereiro de 2022, quando um outro temporal destruiu boa parte da Cidade Imperial, deixando 4 mil desabrigados ou desalojados e 235 mortos, apenas 61% das 193 obras de grande e médio porte anunciadas pela prefeitura foram concluídas. Além disso, 53 seguem em andamento e 22 ainda estão em fase de licitação. A maior parte dos recursos, que são federais, está sendo destinada aos serviços de contenção de encostas.
Novas ações
Além das obras em andamento, a prefeitura de Petrópolis informou, na última quinta-feira (28), que trabalha em 18 projetos para obras de grande em porte de resposta às chuvas do último fim de semana. A expectativa da Secretaria de Obras é que, nos próximos dias, os planos estejam montados, para que o município possa solicitar recursos junto ao governo federal. São obras de contenção, recuperação de vias públicas e ampliação e reforma do Cemitério Municipal.
Além dos 18 projetos em andamento, o prefeito Rubens Bomtempo determinou à Secretaria de Obras a realização de levantamentos em 3 pontos do Independência, para identificar as necessidades de obras e, se for o caso, realizar a concepção de projetos.
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