A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse na noite desta 2ª feira (15.mai.2023) que as despesas pessoais da família do ex-chefe do Executivo eram feitas em dinheiro para não expor Bolsonaro e a ex-primeira-dama, Michelle.
A jornalistas, o advogado Fabio Wajngarten disse que Bolsonaro nunca utilizou o cartão corporativo oficial da Presidência para despesas pessoais e que estas eram pagas em dinheiro sacado da conta pessoal do ex-presidente pelo seu ajudante de ordens, o tenente-coronel Mauro Cid, preso em 3 de maio em operação da PF (Polícia Federal) que investiga a inserção de dados falsos nos cartões de vacinação contra a covid-19.
Segundo Wajngarten, Cid sacava os valores para pagamentos de pequenos fornecedores ou fornecedores informais, que não tivessem CNPJ. Os valores estão disponíveis em uma planilha organizada pela defesa desde o início do governo. Eis a íntegra da planilha (217 KB).
O advogado afirmou que os pagamentos em dinheiro eram referentes às despesas pessoais de Bolsonaro, Michelle e da filha Laura. Segundo ele, o objetivo dos pagamentos dessa forma era proteger o presidente de “qualquer tipo de ataque”.
“100% dos saques tinham origem da conta pessoal do presidente da República”, afirmou Wajngarten na sede do PL (Partido Liberal), em Brasília, ao lado dos outros advogados de defesa de Bolsonaro.