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Marília Mendonça: veja qual era o estado de saúde dos pilotos no dia do acidente

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), órgão central do Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SIPAER), divulgou, nesta segunda-feira (15/5), o relatório final acerca do acidente que matou a cantora Marília Mendonça e outras quatro pessoas em Minas Gerais. Segundo o documento, piloto e copiloto estavam saudáveis e com descanso suficiente para pilotarem a aeronave.

O acidente ocorreu em novembro de 2021. De acordo com o documento, o piloto, Geraldo Martins de Medeiros Júnior, de 56 anos, havia realizado a última inspeção de saúde em novembro de 2020. Ele estava “saudável física e mentalmente, considerado apto para o exercício de atividade aérea”. Ele possuía o Certificado Médico Aeronáutico  (CMA) válido.

Geraldo tinha indicação de usar lentes de contato devido a um astigmatismo, porém, não foi possível confirmar se ele fazia uso de lentes no momento do acidente.

O copiloto, Tarciso Pessoa Viana, 37, também tinha CMA válido e havia realizado a última inspeção de saúde em setembro de 2021. O procedimento certificou que ele estava “saudável física e mentalmente, considerado apto para o exercício da atividade aérea.”

Conforme informações coletadas pelo Cenipa em entrevistas após o acidente, nenhum dos pilotos havia comentado sobre qualquer problema de saúde. Nenhum deles fumava, fazia uso de bebida alcoólica nem utilizavam qualquer medicação de uso contínuo. Também não apresentavam sinais de estresse ou fadiga.

Segundo o relatório, dois profissionais eram “calmos e centrados”.

Veja o que diz o relatório final do acidente que matou Marília Mendonça

Psicológico

Segundo o relatório, o comandante era considerado tranquilo. Ele estava satisfeito com o atual trabalho, pois “se identificava com o ambiente”. Pessoas próximas afirmaram que ele conseguia dedicar-se à família, já que a carga horária no trabalho era menor que a anterior.

“No ambiente de trabalho, era visto por colegas e pela chefia como um profissional padrão, pois demonstrava rigor técnico e preocupava-se em seguir, à risca, todos os procedimentos previstos pelo operador. Ele também não tinha histórico de problemas interpessoais com colegas de trabalho”, diz o relatório.

Segundo a investigação, em 2017, em outra empresa, Geraldo chegou a apresentar baixo rendimento em treinamentos realizados em simuladores de voo na função de Pilot Flying (PF – piloto que opera). “As dificuldades apresentadas estavam relacionadas com sua habilidade para o voo manual, consciência situacional e julgamento de pilotagem, principalmente quando ocorria um aumento na carga de trabalho durante as sessões”.

“Nos referidos treinamentos, as orientações dos instrutores eram direcionadas para que ele buscasse uma evolução no refinamento de sua pilotagem, aprimoramento do gerenciamento de cabine e da consciência situacional em situações anormais. Sendo orientado, apresentava uma evolução satisfatória após os feedbacks, mas carecia de reforço quando apresentava queda em seu desempenho”, completa o texto.

Em contrapartida, o histórico revelou um bom desempenho como Pilot Monitoring (PM – piloto que monitora), com bom monitoramento, assertividade e trabalho em equipe.

O copiloto era considerado, por pessoas de seu convívio, um profissional esforçado, autodidata nos assuntos relacionados à aviação e que buscava novos conhecimentos para se manter atualizado. “Em seus momentos livres, costumava se dedicar à família e ao estudo.”

No ambiente do operador, era considerado um profissional que se destacava pelo comprometimento e pela capacidade técnica.

De acordo com as informações levantadas, nenhum dos pilotos apresentava problemas familiares, pessoais, financeiros ou de ordem psicológica que pudessem interferir no desempenho em voo.

Escala de trabalho

Conforme escala de voo, o piloto estava de folga nos dias 1º e 2 de novembro, estando escalado para voar entre os dias 4 e 6 do mesmo mês. No dia anterior ao acidente, ele realizou um voo de Brasília para Uberlândia (MG) e cumpriu o período de descanso regulamentar previsto no regulamento.

O copiloto estava de folga nos mesmos dias que o comandante e de sobreaviso no dia 4 de novembro. Segundo relatos de pessoas próximas, os pilotos tinham uma rotina regular de sono, com duração adequada por noite. “Não houve alteração da rotina cumprida nas 48 horas anteriores ao acidente”.

Interações

No que diz respeito às interações entre piloto e copiloto, eles mantinham uma relação de amizade e, em algumas vezes, deslocavam-se para o trabalho juntos, já que os dois moravam em Brasília.

Entre agosto a novembro de 2021, eles atuaram como tripulação em nove voos e, no dia anterior ao acidente com Marília Mendonça, foram acionados pelo operador, sendo informados de que haveria “uma artista renomada como passageira.”

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