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Bolsonaro sonhava com episódios como o 8 de Janeiro, diz Gilmar

O ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) “sonhava” com episódios como os que ocorreram durante os atos extremistas do 8 de Janeiro. Para o magistrado, havia a expectativa de uma “desordem institucional” no governo anterior.

“Não tenho nenhuma dúvida, embora tenha dialogado várias vezes com Bolsonaro, que, no fundo, ele sonhava com episódios como esse”, disse o ministro em entrevista ao Jornal da Record exibida na 2ª feira (15.mai.2023).

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O ministro citou o 7 de Setembro de 2021, quando o então presidente Bolsonaro subiu o tom contra a atuação do STF, em especial em direção ao ministro Alexandre de Moraes.

“Acompanhei especialmente o 7 de setembro de 2021, que tivemos uma tentativa de avanço de caminhões além do Itamaraty e rumo ao STF. Havia, no núcleo do poder, esse tipo de expectativa, de que teríamos uma desordem institucional que reclamaria à GLO [Garantia da Lei e da Ordem]”, afirmou. 

O ministro negou falas de que o Supremo faria “ativismo” judicial e mencionou decisões durante a pandemia. À época, o STF determinou que Estados e municípios tinham autonomia para impor isolamento e decidiu pela obrigatoriedade à vacinação.

“Que ativismo nós estamos falando? O governo reclamou muito da intervenção do Supremo na Saúde. Do que se tratou? O Supremo facilitou a edição de medidas provisórias, portanto, o Congresso pôde votar medidas provisórias mesmo de longe, mas para dar viabilidade para o próprio sistema”, declarou. 

“Houve então aquela pendência sobre a possibilidade de Estados e municípios definirem as medidas a serem adotadas, e aquilo dependia só da União. Era uma situação muito cara para Estados e municípios”, disse Gilmar. 

Para ele, desde a pandemia, o governo passou a “vilanizar” o STF. “Os seus seguidores passaram a dizer que o governo Bolsonaro não fez uma política de saúde adequada porque o Supremo não deixou. Isso é um absurdo. Que política de saúde nós estávamos a falar? Cloroquina e uma tese de contaminação geral.”

Gilmar criticou a demora da vacinação no país e disse que Eduardo Pazuello, agora deputado federal pelo PL do Rio de Janeiro, foi “o pior” ministro da Saúde que o Brasil já teve. 

“O ministro Lewandowski deu uma liminar mandando que começasse a vacinação. Até a vacinação no Brasil, que é tradição, só começou com ordem do Supremo. Se estamos falando de ativismo, bendito ativismo”, afirmou.

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