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Cássia Damasceno estreia solo na mostra principal do Festival de Curitiba: ‘Estou no lugar que quero estar’


Atriz falou ao g1 da trajetória como artista e mulher preta, e do reconhecimento do trabalho. Espetáculo faz estreia nacional neste fim de semana. Espetáculo PRETO
Paula Morais II
Neste fim de semana o palco do Teatro Zé Maria, em Curitiba, recebe a estreia nacional do espetáculo “Três Luzes”, que tem como protagonista a atriz londrinense Cássia Damasceno.
A peça faz parte da Mostra Lúcia Camargo, no Festival de Curitiba. Cássia assina a dramaturgia ao lado do companheiro, o cineasta Aristeu Araújo, diretor do trabalho.
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Os ingressos para o espetáculo estão esgotados. A peça é um solo de autoficção da atriz e tem como disparo o blecaute.
A obra parte de histórias da infância do pai de Cássia e da mãe de Aristeu e se desdobra para falar de sonhos e de medos. Da escuridão de uma infância inteira, marcada pelo desejo de morar em uma casa com energia elétrica, o trabalho percorre cenários de sombra presentes nas histórias pessoais dos artistas.
Três Luzes é uma peça sensível que fala sobre a ancestralidade, raízes, mas principalmente sobre apagamentos.
“É uma felicidade gigante estrear no festival. Há muito tempo como atriz, produtora e administradora agrego a outros projetos, esta é a primeira vez que realizo um projeto meu, criado por mim e pelo Aristeu, que carrega a minha digital”, celebra Cássia.
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Ela conta que o trabalho nasceu da escuta, onde um ouviu o outro, e marca um momento de apropriação dessas trajetórias pessoais. “Embora sejam histórias particulares, as pessoas se sentem abraçadas pelo conteúdo da peça, se sentem representadas”, explica.
Lugar de fala e reconhecimento
Espetáculo PRETO
Paula Morais II
Aos 52 anos, a atriz conta que aprendeu desde cedo que a vida era só trabalho para sobreviver e nunca imaginou que sua história pudesse ser contada e ouvida.
“Estou me estruturando nesse processo para ocupar o lugar de visibilidade onde represento outras mulheres pretas. É um momento de reconhecimento, eu nunca tinha cogitado essa possibilidade”, confessa.
O convite para estrear na Mostra Lúcia Camargo partiu do festival: “Não se trata de ocupar apenas um palco, mas um lugar de fala. É muito gratificante estar neste lugar através do reconhecimento, não por uma questão de cota, chego aqui satisfeita com a qualidade do meu trabalho. Isso faz toda diferença. ”
Cássia reconhece que as políticas públicas vêm abrindo espaço de fala para grupos minoritários e periféricos e que essa oportunidade é também uma responsabilidade de ser voz nessa luta. Por isso, a peça traz desdobramentos de episódios que são frutos do racismo.
“Meu maior medo é o da injustiça, de ser acusada de algo e não poder me defender. Pessoas como eu sofrem esse tipo de violência todos os dias no nosso país, não temos proteção”, protesta.
Trajetória
A atriz nasceu em Londrina e veio para Curitiba em 1994 para fazer faculdade de teatro. Desde então não parou mais de produzir na cidade.
A artista trabalhou com várias companhias como CiaSenhas de Teatro, Obragem, Ator Cômico, Espaço Cênico, Alameda, Benedita Companhia de Teatro, entre outras.
A londrinense integra a Companhia Brasileira de Teatro desde 2008 onde se destacou em “Preto” (2017), com direção de Marcio Abreu. Entre tantos trabalhos no teatro, “Billie” (2014), com texto e direção de Alexandre França, é outro marco na trajetória da atriz.
Entre séries, longas e curtas, já atuou em, pelo menos, 15 filmes. É ganhadora de nove prêmios pelo curta “Vai Melhorar” (2020) e foi premiada com um Kikito no 47º Festival de Cinema de Gramado com o curta “A mulher que Sou” (2019), dirigido por Nathália Tereza.
“O cinema está muito forte na minha vida, estou cada vez mais envolvida”, diz.
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Abrindo caminhos
A atriz conta que foi abrindo o próprio caminho na arte sozinha, mesmo sem respaldo financeiro da família.
“O meio que nasci não possibilitava que eu sonhasse em me tornar artista, exigia algo mais estável, mais concreto para poder me manter. Mas, desde a adolescência eu queria ser atriz e nunca disse não para mim. Sempre fui muito obstinada e nunca desisti. Cheguei aqui de forma honesta comigo mesma, respeitando meus princípios”, lembra.
Para a família, que tem 5 irmãos e 5 sobrinhos, ela é referência.
“Estimulo os sonhos deles, faço eles acreditarem que é possível pensar em um futuro diferente. Eu estou no lugar que quero estar e todos podem fazer o mesmo”, conclui.
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