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Um ano após morte de PM em quartel de SP, família pede agilidade à investigação da Corregedoria


Rullian Ricardo da Silva foi morto a tiros por colegas após suposta discussão por escala de trabalho. Familiares contestam versão de que ele teria apontado arma para superior. Família pede explicações 1 ano após morte de PM dentro de batalhão
A família do policial militar Rullian Ricardo da Silva pede agilidade da Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo na investigação um ano após a morte do agente de segurança dentro do quartel da corporação em São Paulo (SP).
Segundo a família, foi necessário contratar uma equipe de perícia particular para ajudar a esclarecer as circunstâncias da morte de Rullian.
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Os parentes contestam a versão de que Rullian foi baleado porque apontou uma arma para o capitão da PM Francisco Laroca durante uma discussão.
“A gente [família] está correndo junto para que haja justiça, mas está bem lento. Faz 365 dias e até hoje eles não foram punidos, não foram nem exonerados do cargo”, diz a irmã do policial, Daiane Fernandes.
À esquerda, Rullian Ricardo da Silva, morto dentro de quartel da PM em São Paulo. À direita, o capitão da Polícia Militar Francisco Laroca, investigado pela morte
Reprodução/EPTV
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública informou que as circunstâncias relativas aos fatos seguem sob investigação sob sigilo por meio de um Inquérito Policial Militar (IPM) instaurado pela Corregedoria da Polícia Militar.
A defesa do policial Francisco Laroca informou que vai se manifestar assim que for concluída a investigação e o caso for encaminhado à Justiça.
“Ocorre que nesta caso em específico os autos estão em sigilo em função da natureza das investigações que estão a cabo da Corregedoria PM e nós advogados assumimos o compromisso moral perante aquele órgão Corregedor no sentido de não nos manifestarmos publicamente sobre o caso.”
Como aconteceu a morte
Rullian estava há 17 anos na corporação, sendo que, em abril de 2023, fazia um ano que havia sido promovido a sargento.
No dia 5 de abril do ano passado, Rullian teria discutido com o superior, o capitão Francisco Laroca, por causa de uma escala de trabalho. De última hora, o policial que passaria a Páscoa com a família em Franca (SP) teve a folga suspensa.
Na época, o Comando da PM informou que Rullian teria sacado uma arma, e que Laroca, também armado, acabou atirando três vezes para se defender. O motorista do capitão, um cabo da PM, também atirou uma vez contra o sargento.
Rullian foi atingido no lado esquerdo do pescoço e no tórax e morreu dentro do alojamento da PM. As armas dos três policiais foram apreendidas.
VÍDEO: câmera em farda registra momentos depois de PM ser morto em quartel de São Paulo
Imagens de câmera na farda
A família teve acesso às imagens da câmera acoplada à farda do policial que atendeu a ocorrência após o crime (veja acima). O vídeo mostra Laroca se justificando, dizendo que Rullian agiu com grosseria ao contestar uma colega.
As imagens também mostram Rullian baleado, deitado e envolto em uma coberta na cama de cima de um beliche.
O policial responsável pelo atendimento retira uma arma que estava junto com Rulian embaixo da coberta e que seria um revólver calibre 32.
Capitão Laroca momentos depois de morte de sargento da PM em quartel em São Paulo, em 2023
Reprodução/EPTV
O capitão Laroca não demonstra estar abalado com o fato de ter atirado no colega. O socorro é acionado com ajuda do helicóptero Águia, mas Rullian não resiste.
“Apesar de já fazer um ano, ainda não há denúncia, não há processo criminal. Os nossos questionamentos são sobre a dinâmica dos fatos, sobre as motivações, os dias que antecederam esse evento trágico, o que aconteceu após o homicídio, na cena do crime, se outros crimes foram cometidos ali, como a não preservação da cena, e todas essas respostas serão trazidas pela Corregedoria”, afirma Pamela Stradioti, advogada da família do PM.
Segundo Pamela Stradioti, uma empresa fará a reconstituição do crime em imagens 3D. Os recursos foram obtidos por meio de uma vaquinha on-line promovida pela família.
Daiane Michele Fernandes, irmã de Rullian, contesta que o sargento tivesse uma arma para uso pessoal
Reprodução/EPTV
Dedicação à família e à profissão
Irmã do sargento, Daiane diz que Rullian era dedicado à família e à profissão.
“Para nós, foi uma perda sem explicação. Ele era uma pessoa muito importante para nossa família e eu creio que para a sociedade, que perdeu um grande policial, uma pessoa que estava disposta a trabalhar por aquilo que ele se dispôs, que era cuidar do cidadão.”
De acordo com a família, o policial passou a ser perseguido após participar de uma operação que resultou na apreensão de caça-níqueis.
Antes de ser morto, o sargento Rullian enviou um áudio a um colega reclamando que fazia muito tempo que não voltava para casa.
“Rapaz, eu tenho que ir embora desse lugar aqui. O quanto antes, embora daqui. Pelo amor de Deus. Eu trabalhei essa noite, aí ia ficar… fiquei aqui, que eu ia cobrir folga do outro sargento, que faz 14 dias que está sem tirar folga. Aí eu cobri a folga dele e o que acontece? Me mandaram uma mensagem aqui agora que vai ter operação amanhã, aí eu vou trabalhar à noite. Em vez de eu trabalhar de dia, na folga dele que eu não fui embora, que eu perdi, podia ter ido embora”, disse.
Sargento Rullian Ricardo da Silva foi morto dentro do quartel, em São Paulo (SP)
Reprodução/Arquivo Pessoal
Histórico
Em 2013, Laroca chegou a ser afastado das atividades operacionais. Na época, ele era tenente do Corpo de Bombeiros e fez vários disparos em uma festa de formatura em Ribeirão Preto (SP).
Cinco carros foram atingidos, inclusive a caminhonete de Laroca, que foi perfurada de dentro para fora. O policial chegou a ser detido e encaminhado ao plantão policial, mas foi liberado depois de pagar fiança no valor de R$ 800.
A arma dele, uma pistola semi-automática ponto 40, foi apreendida.
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