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Dia Nacional da Mulher Sambista: Conheça ‘De Pretas’, grupo que faz ‘samba de igual para igual’ em SC


Roda de samba surgiu da necessidade de criar um ‘lugar seguro para tocar, cantar e se conectar com a música’ em Florianópolis. Dia da Mulher Sambista: Conheça o grupo que canta o gênero pelas ruas de Florianópolis
🎵 A música sempre esteve presente na vida das 13 integrantes da roda de samba ‘De Pretas’. A escassez de oportunidades para expressar a arte em ambientes predominantemente masculinos, no entanto, fez com que elas se reunissem em 2023, em Florianópolis, para criar um “lugar seguro para tocar, cantar e se conectar com a música”.
“Todas nós temos uma história pessoal com o samba, mas nunca nos sentíamos acolhidas nas demais rodas. Desta necessidade o grupo surgiu”, conta a percussionista e produtora Juliana Candido.
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🥁 Atualmente, 12 mulheres e uma pessoa não-binária fazem o “samba de igual para igual”. Foi Michele Mafra, também produtora e percussionista, quem teve a ideia.
“A gente é sambista, cantora, percussionista, é trabalhadora, professora, estudante. A gente é muita coisa”, resume.
Além de serem “muita coisa”, as integrantes também são fãs e carregam em seu repertório as composições de Dona Ivone Lara, icônica cantora, compositora e instrumentista já falecida, que passa a ter seu legado lembrado agora, também no Dia Nacional da Mulher Sambista.
A data, sancionada recentemente pelo governo federal, é comemorada pela primeira vez neste sábado (13), dia em que a já falecida sambista fazia aniversário.
Juliana Candido, que canta e toca cavaco no grupo, afirma que o pout-pourri das canções de Dona Ivone com ‘Alguém me avisou’, Acreditar e ‘Sonho Meu’ é um dos pontos de maior identificação tanto para o grupo, quanto do público que as assiste.
A música que mais me toca é ‘Sorriso Negro’, da Ivone Lara. Pela letra em si, que traz muita alegria, exalta a beleza negra. Sempre que eu toco essa música, a vontade que tenho é realmente de sorrir e espalhar essa alegria negra por aí”, afirma Paula Santos, que toca surdo no grupo.
De Pretas Roda de Samba, de Florianópolis
Divulgação/@nasencruzilhadasdefloripa
💸 💰 (Ainda) não dá para viver só de música
A idealizadora do grupo, Michele Mafra também explica que apesar da visibilidade do grupo, as artistas não tem retorno financeiro suficiente, ainda, para se dedicarem exclusivamente ao universo da música.
“Geralmente o cachê é muito baixo, os valores são baixos assim, a gente não consegue viver e tem que ter outro trabalho paralelo”, diz.
Diversa, a roda conta com percursionistas que trabalham na área há 20 anos e com integrantes que começaram a tocar os instrumentos recentemente. Além disso, segundo Juliana, todas estão envolvidas com outras bandas e blocos na ilha.
🎨 🏃”Estamos correndo atrás de viver da nossa arte nesse cenário onde encontramos tantas dificuldades”, afirma.
🎧 Integrantes
Stefany, vocal;
Paula Santos, surdo;
Nanda Rachel, vocal;
Renata Rocha; cuíca;
Briani Silva, pandeiro;
Janine Falco, pandeiro;
Mariéli Pereira, tamborim;
Juliana Skinner, Violão de 7 cordas;
Thanmyss Alves Gonçalves, tantan;
Kelly Silgado, tantan, repique e rebolo;
Karolina Moura, tantan, repique e rebolo;
Juliana Candido, produtora, cavaco e voz;
Michele Mafra, produtora, percussão e perfumaria.
🎵 Eu vim de lá pequenininha
Para muitas das integrantes, o samba começou ainda na infância. A arquiteta Paula, que faz o surdo da roda, é uma delas, e conta que cresceu ouvindo música em casa com o pai. As canções que ouvia na infância, atualmente tocam na roda.
“Tive minhas aventuras por aí, me formei em arquitetura. Hoje em dia eu sigo como arquiteta, mas a minha grande paixão mesmo é a música. Costumo me considerar uma artista hoje em dia e arquiteta nas horas vagas”, analisa.
De Pretas Roda de Samba em Florianópolis
Divulgação@nasencruzilhadasdefloripa
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🎤 E o nome?
Mafra conta que, quando o grupo começou a se reunir para tocar, escolheu o nome ‘Samba de Pretas’. Mais tarde, elas descobriram que o nome já era utilizado por outro grupo na Ilha de Santa Catarina. Após realizarem uma enquete online, optaram pelo nome atual.
“Foi uma maneira de manter a identidade que já tínhamos sem desrespeitar aquelas que vieram antes de nós”, Juliana.
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