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Bolsonaro não é uma pessoa normal, diz Valdemar Costa Neto

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, disse nesta 3ª feira (16.mai.2023) que o ex-presidente Jair Bolsonaro não é “uma pessoa normal”. A declaração foi dada em entrevista ao “Estúdio I”, programa da GloboNews que foi ao ar nesta tarde.

“O Bolsonaro não é uma pessoa como nós. Ele não é uma pessoa normal. Eu não estou dizendo que ele é certo ou errado […] Ele tem esses problemas, ele tem dificuldade. O problema dele é erro de comunicação”, afirmou o presidente do PL quando questionado sobre a suposta responsabilidade do ex-chefe do Executivo nos atos de vandalismo do 8 de Janeiro.

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Durante o programa, Valdemar disse ter conversado com o ex-presidente sobre os acampamentos em frente ao Quartel General do Exército e a invasão à Praça dos Três Poderes. O presidente do partido disse ter questionado Bolsonaro se ele não iria falar algo para os seus apoiadores. “Ele estava tão abatido que ele não falou. Ele tinha que ter falado para esse pessoal para ir para casa”, acrescentou. Para Valdemar, o episódio foi uma “falha de comunicação”.

Segundo o presidente da legenda, Bolsonaro ficou “quebrado” depois do resultado do 2º turno das eleições –quando foi derrotado pelo petista Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Valdemar afirmou ainda que achava que o ex-presidente ia “morrer”.

“Ele teve esse problema, ele não conseguiu se dirigir a essa gente, deixou essa gente triste. Muita gente pensava que ele queria que o pessoal continuasse lá”, disse sobre os apoiadores de Bolsonaro que estavam acampados em Brasília.

8 DE JANEIRO

Por volta das 15h do domingo do 8 de Janeiro, extremistas de direita invadiram o Congresso Nacional depois de romper barreiras de proteção colocadas pelas forças de segurança do Distrito Federal e da Força Nacional. Lá, invadiram o Salão Verde da Câmara dos Deputados, área que dá acesso ao plenário da Casa.

Em seguida, os invasores se dirigiram ao Palácio do Planalto e depredaram salas na sede do Poder Executivo. Por fim, os radicais invadiram o STF (Supremo Tribunal Federal). Quebraram vidros da fachada e chegaram até o plenário.

Eram pessoas em sua maioria vestidas com camisetas da seleção brasileira de futebol, roupas nas cores da bandeira do Brasil e, às vezes, com a própria bandeira nas costas. Diziam-se patriotas e defendiam uma intervenção militar (na prática, um golpe de Estado) para derrubar o governo do presidente Lula.

Durante o final de semana, dezenas de ônibus e centenas de carros e de pessoas chegaram na capital federal para a manifestação. Inicialmente, o grupo se concentrou na sede do Quartel-General do Exército, a 7,9 km da Praça dos Três Poderes. Leia aqui a cronologia dos fatos que levaram às invasões.

Desde o resultado das eleições, bolsonaristas radicais ocuparam quartéis em diferentes Estados brasileiros. Eles também realizaram protestos em rodovias federais e, depois da diplomação de Lula, promoveram atos violentos no centro de Brasília. Além disso, a polícia achou materiais explosivos em 2 locais de Brasília.

REAÇÃO DE BOLSONARO

No mesmo dia das invasões, Bolsonaro se manifestou em seu perfil oficial no Twitter sobre os ataques violentos às sedes dos Três Poderes. O ex-presidente afirmou que manifestações pacíficas “fazem parte da democracia”, mas que os atos registrados no 8 de Janeiro “fogem à regra”. Além disso, o ex-chefe do Executivo rebateu as acusações de Lula sobre sua influência nas ações violentas na Esplanada dos Ministérios.

Em 27 de fevereiro, o ex-presidente voltou a falar dos seus apoiadores que estavam presentes nos atos. Em fala no evento Florida SA Summit, nos EUA, criticou as autoridades brasileiras por tratarem os presos como terroristas, mas afirmou ser contra o ocorrido.

“Nós temos agora, vai completar 2 meses, 900 pessoas presas, tratadas como terroristas que não foram encontradas com um canivete sequer. Chefes de família, mães, avós”, afirmou.

Enquanto ainda estava nos Estados Unidos, Bolsonaro concedeu uma entrevista à emissora norte-americana NBC, em que também mencionou o assunto. O ex-presidente disse ter certeza de que “pessoas da esquerda” foram responsáveis por planejar os atos.

“As manifestações da direita ao longo de 4 anos foram pacíficas e não temos nada a temer. Jamais o nosso pessoal faria o que foi feito agora no dia 8 [de Janeiro]. Cada vez mais nós temos certeza que foram pessoas da esquerda que programaram aquilo tudo”, afirmou.

Em 26 de abril, depois de retornar ao Brasil, Bolsonaro depôs à PF (Polícia Federal) sobre os atos extremistas. O inquérito foi instaurado por determinação do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes, e investiga os autores intelectuais do 8 de Janeiro. Leia aqui a íntegra do depoimento do ex-chefe do Executivo, obtida pelo Poder360.

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