O boletim de arboviroses da cidade de São Paulo mostrou que quase todos os distritos da capital enfrentam uma epidemia de dengue. O relatório da semana epidemiológica 14 foi divulgado na segunda-feira (15), pela Coordenadoria de Vigilância em Saúde da prefeitura do município e aponta que 91 dos 96 distritos da cidade enquadram-se na classificação.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde, é considerado epidemia de dengue quando o coeficiente de incidência da doença é superior a 300 casos por 100 mil habitantes.
O distrito com o maior coeficiente é Jaguara, na zona oeste, com 2.019 casos e coeficiente de 8.497,8 diagnósticos por 100 mil habitantes. Na sequência, estão São Miguel, na zona leste, com 3.957 casos confirmados e coeficiente de 4.460,2; e São Domingos, na zona norte, com 3.128 casos confirmados e coeficiente de 3.607,7.
Os cinco distritos que não entram na lista são: República, na região central; Jardim Paulista, na zona oeste e Moema, Saúde e Vila Mariana, os três na zona sul da capital.
Segundo dados do Painel de monitoramento da Dengue no estado, atualizado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), São Paulo registrou 1.328.011 casos notificados da doença, com 322 mortes confirmadas e 653 em investigação. Das mortes, segundo o Painel, 48 foram na capital paulista.
O Ministério da Saúde enviou 177.679 doses do imunizante contra a dengue para a cidade de São Paulo. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), até a quarta-feira (17), 55.270 doses da vacina foram aplicadas em crianças e adolescentes de 10 a 14 anos.
Na quinta-feira (11), a SMS ampliou a vacinação para todas as 867.430 crianças e adolescentes da faixa etária que residem ou estudam na capital.
As doses estão disponíveis nas 471 Unidades Básicas de Saúde (UBSs), de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h, e de segunda a sábado, nas AMAs/UBSs integradas, no mesmo horário. Para receber a vacina, a criança ou adolescente precisa estar acompanhada de um responsável, portando documento de identidade, cartão de vacina e comprovante de residência ou escolar.
Vale ressaltar que a criança ou adolescente não pode ter sido diagnosticada com dengue nos últimos seis meses.
*Sob supervisão de Bruno Laforé
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