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Emerson Luis. Esporte: Na base da raça

Enquanto no profissional existe um silêncio sepulcral quanto às informações sobre a data de apresentação ou do anúncio de reforços para a Série B (que começa dia 26 de maio), na base a realidade é bem diferente.

Equipe está invicta no campeonato. Foto: Reprodução/Instituto Metropolitano

Base, que vem fazendo bonito no Campeonato Catarinense Sub 21 B.

Que não tem o selo do Clube Atlético Metropolitano.

Carrega, é verdade, o nome nas competições oficiais promovidas pela Federação.

Mas todo o trabalho é executado pelo Instituto Metropolitano.

Equipe tem três rodadas para confirmar a classificação. Foto: Instituto Metropolitano

O objetivo é o mesmo: revelar atletas para o time adulto.

O paradoxal é que o projeto possui CNPJ, receitas e despesas independentes.

Projeto nos tempos da Associação Artex. Foto: Instituto Metropolitano

Projeto que foi fundado em 2008.

Para captar recursos junto ao Governo Federal.

Equipes defendem Blumenau nas competições da Fesporte . Foto: Instituto Metropolitano

Confesso que acho a relação bem estranha.

Até porque a molecada não pode, por exemplo, se alojar no Centro de Treinamentos Romeu Georg.

Quartos do CT estão vazios à espera do time profissional. Foto: CA Metropolitano

Os 17 moleques que não são daqui moram em três casas.

São eles que fazem o rateio para pagar os alugueis, pois recebem ajuda de custo do projeto da Lei de Incentivo ao Esporte.

Engraçado é que a equipe feminina Sub 20 do Avaí/Kindermann ficou no CT entre fevereiro e março.

Pagou pelo espaço, claro.

Jovens do Instituto no refeitório do CT durante a pandemia. Foto: Instituto Metropolitano

Também usou as dependências da Associação Altona.

Onde o Sub 21 fez a pré-temporada – iniciada em 8 de janeiro.

Pré-temporada foi feita no campo da Associação Altona. Foto: Instituto Metropolitano

Só que agora o time está “proibido” de treinar no outro lado da Rua Guilherme Scharff, no Fidélis.

Técnico Yago Nazario orientando o grupo no começo do ano. Foto: Instituto Metropolitano

Os trabalhos acontecem com mais frequência na Escola Lúcio Esteves, na Escola Agrícola.

Também na Associação de Moradores do Badenfurt (Amaba) e no Atlético Itoupava – o problema é que quando chove os gramados são vetados.

Treino no Atlético Itoupava. Foto: Instituto Metropolitano

Deve ter rolado alguma animosidade nos bastidores.

Contudo, polido, o presidente Luis Carlos Koch não alimenta nenhum tipo de rancor, prefere não entrar em dividida.

Luis Carlos Koch foi presidente da LBF. Foto: Arquivo pessoal

Dizem que o campo e o alojamento estão sendo preparados para receber o elenco que vai disputar a Série B.

A propósito, uma fonte me disse que Francisco José Battistotti pulou fora.

Uma outra fonte, do próprio clube, negou a informação.

Battistotti entre diretores do Metropolitano e representante da Fiesc no Sesi. Foto: CA Metropolitano

O veto do Sesi teria desapontado o ex-presidente do Avaí e, consequentemente, seu principal investidor.

Estádio do Sesi vai para o quinto ano seguido sem futebol. Foto: Reprodução/NDTV

Outra coisa que deve ter pesado foi a continuidade da parceria com o Atlético de Ibirama – Battistotti foi voto vencido ao tentar levar os jogos para Itajaí.

Torcida terá de encarar a BR 470 mais uma vez. Foto: Divulgação / Metropolitano

A ida de Glédson para o Santa Catarina acendeu meu sinal de alerta.

Afinal, de acordo com o dirigente, o experiente goleiro de 41 anos estava “fechado” com o Metrô.

Goleiro Glédson acertou com o Santa Catarina. Foto: Reprodução/Internet

Assim como também estava certo o acordo com Evando Camillato.

Aqui cabe uma ressalva.

O ex-atacante já tinha avisado que não poderia ser o treinador por causa de compromissos da sua escolinha de futebol em Florianópolis, que conta com 800 alunos.

Evando, segundo da direita para a esquerda, visitou o CT em fevereiro. Foto: CA Metropolitano

Com isso, quem pode estar de volta é Rodrigo Cascca.

Agenciado pela Mais Sports Brazil.

Rodrigo Cascca orientando os jogadores. Foto: CA Metropolitano

O novo acordo com o empresário Carlos Corsini parece estar bem encaminhado.

Carlos Corsini, Mauro Ovelha e Rodrigo Cascca em 2022. Foto: Emerson Luis

Antes de voltar ao Sub 21, bom lembrar que o Blumenau, ratificou a parceria com o Fluminense.

Já definiu, inclusive, que Joaquim Nego, que comanda o tricolor de Joinville desde 2019, vai ser o técnico (a espinha dorsal deve ser de lá).

Joaquim Nego será o técnico do BEC. Foto: Fluminense de Itaum

Os treinos vão ser no campo do Flu, no bairro Itaum.

Fluminense treina no seu estádio na zona sul de Joinville. Foto: Fluminense de Itaum

E os jogos no Estádio João Marcatto em Jaraguá do Sul – a diretoria queria jogar na Arena Joinville, mas não conseguiu a liberação.

Estádio João Marcatto em Jaraguá do Sul. Foto: Reprodução/Avante

Por ora, nos resta apoiar e torcer para que a gurizada do Instituto Metropolitano alcance seu objetivo.

Que é se classificar para a final.

São cinco representantes na disputa e os dois melhores (turno e returno) decidem o título.

Cinco jogos até aqui.

Três vitórias.

Juventus: 3 x 0

Atlético Catarinense de São José (que joga em Criciúma): 2 x 0

Manchister de Palhoça (que atua em Imbituba): 1 x 1

Comemorando gol no estadual Sub 21 B. Foto: Instituto Metropolitano

Todas em “casa”.

Em Apiúna.

No Estádio Walter Braatz.

Que não cobra pelo espaço.

Mesmo assim, cada jogo lá não sai por menos de R$ 4 mil – R$ 2 mil de arbitragem, R$ 800 segurança, R$ 600 almoço, R$ 450 lanche, R$ 300 médico, R$ 150 hidratação…

A ambulância vem dos bombeiros voluntários.

Como gandulas e maqueiros são usados os atletas não relacionados.

O Aza Branca (dono do campo) cede um micro-ônibus para buscar e levar o time (em troca, o Instituto empresta atletas para o clube amador disputar a Liga Riosulense).

Para viagens longas, a Secretaria do Esporte (SME) tem cedido o transporte.

O Instituto conta com dois patrocinadores fixos – cada um paga R$ 2 mil.

Os demais recursos são de vendas de camisas e doações.

Equipe joga em Apiúna no campo do Aza Branca. Foto: Instituto Metropolitano

Os jogos são em Apiúna porque o CNPJ do Metropolitano está em Ibirama.

Por determinação da FCF, não se pode ultrapassar o limite de 30 km da cidade sede.

Estádio Walter Braatz tem sido um grande aliado da equipe. Foto: Instituto Metropolitano

A campanha invicta ainda conta com dois empates.

Contra o Caravaggio, em Nova Veneza: 1 x 1.

E diante do Atlético Catarinense, no Mário Balsini: 0 x 0.

Neste sábado, 15h, tem jogo decisivo contra o Manchister de Palhoça (4º colocado), em Imbituba.

Serão três decisões, como explicou o técnico Yago Nazario.

Em seguida tem a partida com o Caravaggio (3º colocado), em Apiúna.

E por fim, o Juventus (líder com 12 pontos, contra 11 do Metrô), dia 1º de maio, em Jaraguá do Sul.

Partida contra o Caravaggio em Nova Veneza. Foto: Instituto Metropolitano

A tabela completa aqui.

Além da classificação.

Atividade física comandada por Rangel Garcia. Foto: Reprodução/NDTV

Esta semana acompanhei um treinamento com bola no Lúcio Esteves.

Com gramado pesado depois de tanta chuva.

Nada que incomodasse a garotada humilde, unida e faminta por oportunidades.

Orientações da comissão técnica no Lucio Esteves. Foto: Reprodução/NDTV

Para se ter uma ideia, são 31 atletas inscritos.

Cinco vieram de fora (São Paulo e Paraná, principalmente).

Técnico Yago Nazario conversa com elenco sobre o jogo contra o Manchister. Foto: Reprodução/NDTV

Como Henrique, 19 anos, de Francisco Beltrão PR, que de tanto receber não dos clubes, andava desanimado em Balneário Camboriú.

O atacante descobriu que haveria uma peneira dia 16 de dezembro no Atlético Itoupava e apostou todas as suas fichas.

Não só foi aprovado, como se tornou um dos artilheiros do campeonato com 5 gols.

Atacante Henrique é um dos artilheiros do campeonato com 5 gols. Foto: Instituto Metropolitano

26 jogadores são da região e de outras cidades do estado.

Nove de Blumenau.

Os goleiros Jean Carlos e Jair.

E os zagueiros Caio e Scheidt.

Os laterais Lamin e Pedro Donzan.

O meia Douglas.

E os atacantes Israel Manetta e Felipe Tiago.

Sem contar o próprio Yago Nazario e o preparador físico Rangel Garcia.

Zagueiro e capitão Scheidt em ação diante do Caravaggio. Foto: Instituto Metropolitano

O capitão Scheidt tem uma relação bem legal com o projeto.

Começou no Sub 15.

Tinha parado.

Estava jogando no amador.

Foi chamado pelo Yago.

É o cara de confiança do treinador (que esteve por aqui entre 2019 e 2021, foi auxiliar no Taquaritinga SP e dirigiu o Sub 17 do Itapirense SP, antes de voltar em janeiro).

Tem grandes chances de chegar ao profissional.

Assim como o Henrique.

E outros destaques.

Estou na torcida por todos.

Yago Nazario durante o treino da última quarta-feira. Foto: Reprodução/NDTV

Na base ainda é possível encontrar dignidade e comprometimento.

Emerson Luis é jornalista. Completou sua graduação em 2009 no Ibes/Sociesc. Trabalha com comunicação desde 1990 quando começou na função de repórter/setorista na Rádio Unisul – atual CBN. Atualmente é apresentador, repórter, produtor e editor do quadro de esportes do Balanço Geral da NDTV Blumenau. Na mesma emissora filiada à TV Record, ainda exerce a função de comentarista, no programa Clube da Bola, exibido todos os sábados, das 13h30 às 15h. Também é boleiro na Patota 5ª Tentativa.    

O post Emerson Luis. Esporte: Na base da raça apareceu primeiro em PORTAL ALEXANDRE JOSÉ – Notícias de Blumenau.

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