Aos 81 anos de idade, todos os dias, dona Lidia Maria David passeia com o Ligeirinho pelas ruas de Quilombo, Oeste de Santa Catarina. O pato de estimação foi adotado ainda pequeno e hoje é o xodó da senhorinha. E claro, a coleira de crochê é o charme do patinho.
Ligeiro é sinônimo de veloz, vivo e esperto. Quem acompanha os passeios de Ligeirinho percebe a destreza das pequenas patas que tocam rapidamente o solo pelas ruas do município.
Dona Lidia explicou, em entrevista ao Balanço Geral, que quando o pato tentava fugir, ela chamava a atenção dele e dizia: “Ligeirinho, pode vir para cá”. Assim, o novo animal de estimação da família foi carinhosamente nomeado.
O pato dorme na lavanderia da casa, em um espaço confortável e organizado por Lidia especialmente para ele. Durante o dia, Ligeirinho passeia pelo quintal onde mora.
A chegada do pato de estimação
Odete Paris, filha de Lidia, explica que a mãe nunca teve outros animais de estimação. Em novembro do ano passado, a senhora foi surpreendida com um filhote de pato que o neto trouxe de parentes do interior.
Nos primeiros dias foi um pouco estranho, mas o amor falou mais alto e a ave foi rapidamente integrada à rotina da família. “Já viu eu, com a minha idade, o que me aconteceu?” Brinca Lidia.
A atividade favorita de Ligeirinho é tomar banho na Praça Municipal de Quilombo. Todas as manhãs, dona Lidia coloca a coleira e leva ele até o local para se divertir na água. “Quando eu estou na faixa de pedestres eu falo: ‘vamos Ligeirinho, vamos ligeiro, caso contrário, os carros vão pegar nós’. Então, ele me acompanha”.
Coleira de crochê
A coleira de crochê foi produzida por uma amiga da família. A empresária, Neide Mantovani, contou que Lidia passava com o patinho preso com um fio. “Eu achava muito fino, então fiz uma corda para que ela pudesse levar ele na praça. Adoramos quando ela passa por aqui”.
A filha, Odete, explica que a família tentou levar o patinho para o interior, porém foram impedidos por dona Lidia. “Ela não deixou e quis cuidar de Ligeirinho”.
Amor pelo Ligeirinho
Lidia revela que era questionada sobre o que iria acontecer com o patinho quando ele crescesse. Até mesmo, se ela iria matar o animal. “Não tenho coragem, ele vai morrer de velhinho”, finaliza.