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Repelentes com Icaridina são mais eficientes? Entenda a recomendação

A cada dia os municípios mineiros enfrentam alta nos casos de dengue. Em Juiz de Fora, conforme o boletim mais recente, publicado na segunda-feira (15) pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), são 6.100 casos suspeitos da doença e três mortes confirmadas. A recomendação dada por todos os especialistas é se prevenir ao máximo do transmissor das arboviroses, o Aedes aegypti, seja evitando o acúmulo de água parada ou com a aplicação de repelentes. 

Se, no período recente, você consultou um médico a respeito da dengue ou leu alguma recomendação na internet já deve ter ouvido falar da Icaridina. Afinal, os repelentes com essa substância estão entre os mais recomendados para proteção contra o Aedes aegypti.
Mas você sabe o porquê? Será que, de fato, esse tipo de repelente é o mais eficiente?

O professor da Faculdade de Farmácia da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Guilherme Tavares, que também é doutor em fármaco e medicamentos pela Universidade de São Paulo (USP), explica o motivo de alguns repelentes serem mais recomendados para prevenção de arboviroses em detrimento de outros.

O que é a Icaridina?

Segundo Tavares, a Icaridina nada mais é do que o componente ativo do repelente, ou seja, a molécula responsável por impedir que o mosquito se aproxime. Existem repelentes de diversos tipos, mas os mais comuns são os que contém as seguintes substâncias ativas: DEET, Icaridina, IR3535 e óleo de citronela. “Nesse caso, a diferença entre os produtos comercializados diz respeito ao tipo de substância ativa e a concentração dessa substância no repelente. Essas características fazem com que os produtos tenham duração de ação distintas”, explica o professor. Por exemplo, repelentes contendo 10% de DEET, após aplicação na pele, são efetivos por até quatro horas. Produtos contendo 20% de Icaridina, duram até dez horas; já produtos contendo 18% de IR3535 podem durar até oito horas.

Isso explica, portanto, o porquê de os repelentes com Icaridina serem os mais recomendados, afinal, eles têm duração maior, de até dez horas de proteção contra o mosquito. Guilherme Tavares ainda ressalta que, para um produto ser comercializado como repelente de insetos, incluindo o Aedes, ele precisa estar registrado junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Outros produtos alternativos que se dizem inseticidas naturais, a base de citronela, andiroba ou óleo de cravo, por exemplo, não possuem comprovação de eficácia, explica o especialista. Ou seja, as velas, os odorizantes de ambientes e os incensos que indicam propriedades repelentes de insetos não estão aprovados pela Anvisa.

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Como usar?

Em relação ao uso do repelentes em grupos específicos, como crianças, gestantes e idosos, há restrições que levam em conta o tipo de substância ativa e a concentração do produto. Conforme exemplifica o professor, em crianças entre 2 e 12 anos, a concentração de DEET deve ser, no máximo, de 10%. “Ao passo que repelentes do tipo aerossol contendo 20% de Icaridina podem ser utilizados por crianças a partir dos 6 meses.”

Para gestantes, de acordo com a Anvisa, não existe impedimento para o uso. O importante é que o produto esteja devidamente registrado na agência reguladora e que sejam seguidas as instruções contidas no rótulo. Para idosos, existem orientações de que repelentes à base de icaridina e IR3535 apresentam menor probabilidade de causar algum tipo de irritação na pele. “No caso de dúvidas, a orientação deve ser esclarecida com o médico ou o farmacêutico.”

Sobre a quantidade de vezes que o produto deve ser aplicado ao dia, Guilherme Tavares explica que a medida está relacionada ao período efetivo de ação do repelente, variando conforme a sua concentração. “A reaplicação do produto deverá ser feita considerando cada substância ativa, observando-se o período efetivo de ação repelente.” Por isso é importante estar atento ao rótulo para administrar da melhor forma a proteção contra o mosquito.

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