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‘Aumenta que é rock’n’roll’: filme conta a história da Rádio Fluminense FM

Aumenta que é rock
Johnny Massaro interpreta Luiz Antonio Mello, responsável por fundar a Rádio Fluminense FM  (Foto: Mariana Vianna/ Divulgação)

Quem viveu o auge do rock brasileiro nos anos 1980, em uma época de redemocratização e busca incessante pela liberdade conquistada, certamente, ouviu a Rádio Fluminense FM ou pelo menos ouviu falar sobre ela, conhecida como “Maldita”. Criada pelo jornalista Luiz Antonio Mello, junto com Samuel Wainer Filho, em 1982, a programação não saia dos ouvidos dos jovens da época. Foi um importante meio, ainda, de divulgação do que surgia naquele momento e que acabou se tornando uma propagadora do rock nacional. É toda essa história que conta o filme “Aumenta que é rock’n’roll”, que estreia nesta quinta-feira (25) nos cinemas.

“Aumenta que é rock’n’roll” é dirigido por Tomás Portella, tem roteiro assinado por L.G Bayão e a produção é de Renata Almeida Magalhães. O filme é baseado no livro autobiográfico de Luiz Antonio Mello, “A onda maldita”, que, ao mesmo tempo que conta a história da rádio, fala sobre sua trajetória e, dessa forma, sobre o rock daquele momento, bem como o sentimento instaurado depois de mais de duas décadas de regime militar. Quem vive Luiz Antonio é o ator Johnny Massaro (“Os primeiros soldados”, “O pastor” e “Guerrilheiro”). E Samuel, o Samuca, é George Sauma.

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Em 1982, Luiz Antonio estava insatisfeito com o que ouvia nas rádios do Brasil. Ele e seu fiel escudeiro, Samuca, decidem apostar tudo em um sonho para criar a Fluminense FM, já com o intuito de dedicar toda programação ao rock. As estratégias utilizadas eram inovadoras se comparado ao que se fazia na época. A locução era exclusivamente feminina, por exemplo. E foi nesse contexto que bandas como Blitz, Paralamas do Sucesso, Titãs, Legião Urbana, Barão Vermelho, entre outras, foram lançadas.

“Aumenta que é rock’n’roll” coloca em cena o dia a dia dos jovens que eram, de fato, sonhadores. Todos os produtores, repórteres e locutores que toparam entrar nessa onda e fazer com que a Fluminense FM continuasse no ar, sendo a primeira rádio do Brasil dedicada exclusivamente ao rock. Além da construção da “Maldita” e da revolução criada ali, o roteiro acompanha também os bastidores do “Rock in Rio” de 1985 e como a história de Luiz Antonio e sua namorada, Alice (interpretada por Marina Provenzzano), que era a locutora da rádio, foi selada ao som de Cazuza, à frente, na época, do Barão Vermelho.

Assista ao trailer de “Aumenta que é rock’n’roll”:



Recriando os anos 1980

Para recriar aquele ambiente, foi necessário uma série de técnicas para fazer com que o espectador fosse transportado àquele momento. E a trilha sonora, é claro, precisou de um olhar a mais. Quem a assina em “Aumenta que é rock’n’roll” é Dado Villa-Lobos, que viveu o auge da “Maldita” sendo integrante do Legião Urbana. A proposta é apresentar, realmente, o que tocava na rádio e nas festas antológicas em que as bandas se apresentavam, reunindo os jovens todos.

Outro ponto importante é a direção de arte, assinada por Claudio Amaral Peixoto que teve a missão de apresentar aqueles ambientes, desde as roupas aos cenários dos anos 1980, com direito à movimentação na rua, na rádio, claro, e nas casas embaladas pelas vitrolas que giram, praticamente, sem parar. E esse jeito rock de ser influenciava tudo mesmo: os costumes até a forma de pensar e se expressar.

“Jogo de cintura”

O longa foi filmado em 2018 no Rio de Janeiro e em Niterói. “Esse é um filme que traz esperança em um mundo que celebra a distopia. É uma história que marcou a época dentro de um período colorido do Brasil. Além disso, fala sobre a minha geração, da minha turma, de uma época cheia de esperança, em que achávamos que o mundo podia mudar”, afirma a produtora Renata Almeida Magalhães, em nota encaminhada à imprensa.

Enquanto o diretor, Tomás Portella, continua: “Nosso desafio foi reproduzir a rádio e mostrar a evolução do espaço através dos tempos, a diferença da rádio no primeiro dia pro último dia. O cenário passa por várias fases diferentes. A solução foi fazer tudo duas vezes. Fizemos o cenário seco como era o antes da chegada do Luiz Antônio e fomos transformando e fotografando até chegarmos no resultado final. Depois pintamos novamente, como na primeira fase, e filmamos na sequência onde reproduzimos a evolução do espaço. Só essa preparação já foi um desafio, agora filmar tudo na ordem do filme, foi enlouquecedor. Precisou de uma preparação cuidadosa e jogo de cintura pra fazer tudo caber no tempo que tínhamos”.

Viver um personagem tão conhecido e emblemático pode ser um desafio, que Johnny Massaro aceitou e precisou estudar afundo para fazer Luiz Antonio. “O Luiz é um cara que tem uma paixão desmedida por aquilo em que acredita, que não se intimida diante dos obstáculos, mas, ao contrário, os usa como trampolim para chegar no seu objetivo. Foi com toda certeza um dos sets mais deliciosos que já participei. O elenco era composto em sua absoluta maioria por amigas e amigos de longa data, uma turma que já compartilhava muitas histórias, além de afinidades pessoais, artísticas e profissionais. E o Tomás é um diretor que entende e dá muito valor ao coletivo, com uma irreverência e vitalidade realmente especiais. Sinto que a principal mensagem, aquela que me tocou desde o princípio, é que não importa o tamanho do desafio, mas sim o desejo – e a ação – de ultrapassá-lo. E que ‘maldito’ é, na grande maioria das vezes, algo que simplesmente – ainda – não foi bem entendido”, afirmou, também em nota encaminhada à imprensa.

Aumenta que é rock
André Dale, Bella Camero, Felipe Haiut e Saulo Arcoverde no sete de “Aumenta que é rock’n’roll” (Foto: Mariana Vianna/ Divulgação)

Os atores de “Aumenta que é rock’n’roll”

Além de Johnny, faz parte do elenco Flora Diegues, atriz que faleceu logo após as filmagens, e a quem se dedica o filme, no qual ela interpreta a produtora Jaqueline. Participam também: Orã Figueiredo, Silvio Guindane, Joana Castro, Clarice Sauma, Luana Valentim, Mag Pastori, Bella Camero, André Dale, Felipe Haiut, Saulo Arcoverde, João Vitor Silva, Cadu Favero e Charles Fricks, além de participações especiais como Hamilton Vaz Pereira e Gillray Coutinho.

“Aumenta que é rock’n’roll” é uma produção Luz Mágica, em coprodução com Globo Filmes e Mistika, com apoio da RioFilme. A distribuição é feita pela H2O Films.

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