Leonardo Alexander Ribeiro Herbas Camacho, sobrinho do líder do Primeiro Comando da Capital (PCC) Marcola, deve ser transferido de estado dentro dos próximos dias. Camacho foi preso nesta quarta-feira (24) em Itajaí, no Litoral Norte.
Os documentos para a transferência do detento já estão prontos, de acordo com fonte ligada ao Complexo Penitenciário do Vale do Itajaí (Canhanduba).
Presídio onde sobrinho de Marcola está em SC não tem câmeras de monitoramento – Foto: Arquivo NDTV/Reprodução
Segundo as informações, Camacho deve ser transferido para um presídio no Ceará, estado onde a investigação sobre os supostos crimes cometidos foi feita.
Em transferências como esta, a Polícia Penal possui equipe para a escolta do detento.
Por se tratar de um detento considerado de alta periculosidade pela ligação com a facção criminosa, informações como datas e horários da transferência não foram informados.
O Portal ND Mais entrou em contato com a Secretaria de Administração Prisional e Socioeducativa de Santa Catarina, que não confirmou a transferência.
O portal também buscou contato com o Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), que não encontrou o nome de Camacho entre os processos públicos. De acordo com a assessoria do órgão, a tramitação do processo envolvendo o sobrinho de Marcola deve ser sigilosa.
Prisão de Camacho
Camacho foi preso pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco) nesta quarta-feira (24) em Itajaí.
A polícia tem indícios de que a organização criminosa fez uma movimentação suspeita de mais de R$ 300 milhões nos últimos anos. Parte dos recursos seria empregada na corrupção de servidores públicos.
Foram dois anos de investigação, a Ficco coletou evidências de que a cúpula do PCC migrou parte de sua estrutura gerencial de São Paulo para implantar essas atividades clandestinas no Ceará.
Camacho foi detido no bairro São João. O sobrinho de Marcola morava em um apartamento alugado de alto padrão.
PM faz rondas para segurança no presídio, que está sem câmeras
A Polícia Militar reforçou as rondas no entorno do complexo, afim de dar mais segurança à comunidade e evitar possíveis “resgates”, do sobrinho de Marcola.
“O Tribunal de Justiça nos acionou para prestar apoio na audiência de custódia”, comenta Ciro, comandante do 1º Batalhão de Polícia Militar de Itajaí.
Além disso, o complexo recebeu o reforço de 25 policiais fixos do tático para fazer a segurança dos arredores e da unidade.
Ainda sem câmeras de monitoramento, a Secretaria da Administração Prisional e Socioeducativa destacou, por meio de nota, que o processo de licitação para a instalação de novas câmeras no complexo está sendo finalizado.
“Aguarda-se apenas a manifestação jurídica da Procuradoria-Geral do Estado (PGE), a qual está prevista para os próximos dias”, traz a nota.
“Embora a licitação e o restabelecimento do sistema de monitoramento eletrônico ainda estejam em andamento, ressalta-se que todas as medidas necessárias foram adotadas para garantir o controle e a segurança no Complexo Prisional durante este período”, finaliza o documento.
